Publicado originalmente em instagram de União Pró-Vacina. Para acessar, clique aqui.
O avanço no desenvolvimento tecnológico de uma vacina depende das pesquisas em genética molecular e da tecnologia de modificação genômica. Assim, pode-se classificar as vacinas em três grandes grupos/gerações em função dos conceitos utilizados na preparação do princípio ativo, os antígenos vacinais.
As vacinas de primeira geração representam aquelas que empregam na sua composição o agente patogênico na sua constituição completa, que é submetido a tratamentos que levam à inativação ou à atenuação dos micro-organismos. Vacinas contra varíola, baseada em vírus vaccínia e a vacina contra a tuberculose, uma bactéria o Mycobacterium bovis (BCG) ambas originalmente obtidas em bovinos são exemplos desta geração.
A segunda geração parte do princípio que a proteção vacinal pode ser obtida após a indução de anticorpos voltados para um único alvo, como uma toxina, responsável pelos sintomas da doença, ou açúcares de superfície que permitem ao sistema imune do hospedeiro neutralizar e eliminar bactérias, que se propagariam rapidamente antes de serem notadas pelas principais linhas de defesa imunológica. Nesse grupo, destacam-se vacinas que empregam toxinas purificadas e inativadas por tratamento químico, proteínas e polissacarídeos purificados, como as antitetânicas e antidiftérica.
A terceira geração de vacinas parte de um conceito inovador, em que se emprega a informação genética do patógeno responsável pela codificação de proteínas que representem antígenos relevantes para a proteção. Com os avanços tecnológicos nos campos da genética molecular e da tecnologia do DNA recombinante, como a modificação dos genes, é possível o uso de antígenos específicos de agentes infecciosos para administrar benefícios de proteção com mais segurança. Os avanços biotecnológicos têm contribuído para o desenvolvimento de formulações cada vez mais seguras e eficazes de vacinas revolucionando a produção de reagentes, tanto para uso em humanos quanto animais.