Publicado originalmente em Instituto Devir Educom. Para acessar, clique aqui.
Ao comemorar um ano de parceria com a Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD), o Instituto Devir Educom oferece a oficina Metodologia dos Círculos, de forma on-line, nos dias 16 e 23 de agosto, que visa contribuir com educadores e demais interessados sobre a importância de trabalhar jornalismo, educação midiática e aspectos da memória individual, coletiva e social em espaços formais e não-formais de aprendizagem. A formação faz parte do Círculo Memórias em Rede de Oficinas, um braço do projeto que leva o mesmo nome e atende comunidade escolar e alunos da escola básica.
O oficina objetiva ainda auxiliar os participantes na comunicação com os mais variados públicos, seja no trabalho, na escola ou na vida social, a partir do método EFET (Eu, Família, Escola e Território). E está ancorada pela Educomunicação, campo teórico-prático que atua nas interfaces da Educação e da Comunicação.
EDUCOMUNICAÇÃO
A Educomunicação, como campo de estudo, surgiu no Brasil na década de 1990, visando promover o colaborativismo, a participação social, o diálogo horizontal, a livre expressão comunicativa e o protagonismo de agentes ligados às interfaces representadas. Se desenvolve em espaços educativos formais e não-formais, e atua de forma interdisciplinar e transdisciplinar, contribuindo com a melhoria da gestão da comunicação e com a construção de ecossistemas comunicativos mais democráticos. Utiliza-se também de instrumentos da comunicação e da tecnologia, agindo como canais de expressão para os sujeitos envolvidos, entre crianças, adolescentes, adultos e idosos.
MEMÓRIAS EM REDE
Seguindo aos princípios da Educomunicação, a base teórica das atividades do projeto Memórias em Rede se concentra em Paulo Freire, por meio de publicações como Pedagogia do Oprimido, Extensão ou Comunicação?, Educação e Mudança e Política e Educação; além de obras de Jesus Martin-Barbero, Lev Vygotsky, Anton Makarenko, Edgar Morin, Ecléa Bosi, Mário Kaplún, Ismar de Oliveira Soares, Adilson Citelli, para citar alguns.
O argentino Mário Kaplún, assim como Paulo Freire, são os mais importantes nomes no assunto. Há quem diga que foi por meio de Kaplún que surgiu a denominação “educomunicador”, utilizada para representar o profissional que atua em projetos de jornalismo no campo da educação. “Kaplún e Paulo Freire são duas importantes referências em nossas atividades com o projeto Memórias em Rede, por isso, também são lembrados em nossas formações”, comenta a presidente do Instituto Devir Educom, Andressa Luzirão.
Para ela, as oficinas fundamentadas nas atividades do projeto com os adolescentes são uma forma de multiplicar as ações e os resultados nas mais variadas áreas. A gestora do Instituto também ressalta a figura de Ismar Soares, que esteve à frente de pesquisa da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), realizada há mais de 20 anos, sistematizando práticas nas interfaces entre Educação e Comunicação na América Latina e a emergência desse novo campo, a Educomunicação. “Além disso, a palavra teve a recente conquista de integrar o dicionário da Academia Brasileira de Letras, o que mostra sua importância nas políticas públicas e na educação dos novos tempos”, lembrou Andressa.
Mais informações sobre as oficinas:
Oficina 1 – Círculos da Memória – Eu e Família
Data: 16 de agosto, das 19h às 21h
Oficina 2 – Círculos da Memória – Escola e Território
Data: 23 de agosto, das 19h às 21h.
Formato online e gratuito
Formato online e gratuito