Vacinas contra Covid-19 não causam magnetismo na pele

Publicado originalmente em Nujoc Checagem por Sane Araújo. Para acessar, clique aqui.

Vídeo que circula pelas redes sociais mostra uma mulher que afirma a vacina contra covid-19 vem com microchips, que podem causar magnetismo na pele de quem recebe as doses da vacina, no vídeo ela pega um celular com um imã na parte de trás e mostra que eles ficam presos no braço das pessoas, onde supostamente seria o local em que foi aplicado a vacina. 

Foto: Reprodução/Internet

Fernando Kokubun, professor de física da FURG (Universidade Federal do Rio Grande), falou diretamente em matéria pro UOL que fisicamente seria impossível que as vacinas tenham qualquer nanopartícula ou ingrediente com propriedades magnéticas. “Se fosse assim, até as ampolas ficariam grudadas umas nas outras” afirma o professor.

Ele também explica que o “magnetismo” pode ser originado de uma pele úmida ou se ainda tiver resquícios de cola deixados por curativos no local onde a vacina foi aplicada. 

Logo, um microchip tem em média o tamanho de grão de arroz (11,5 mm) e não é transparente ou líquido, então seria facilmente visto a olho nu, e não seria possível injetá-lo a partir de uma agulha tão fina como as utilizadas na aplicação da vacina contra covid-19.

O professor da Universidade Federal do ABC e da USP (Universidade de São Paulo) explicou ao UOL como não seria possível que o celular mostrado no vídeo realmente tenha ficado preso à pele “O smartphone do vídeo, se for real, pesa entre 150 g e 200 g, de acordo com as especificações dos principais fabricantes. O que parece um disco imantado na traseira, usado para prender o celular em acessórios como suporte de carro, tem um diâmetro de cerca de 3 centímetros. O mais provável é que seja um simples adesivo autocolante, que associamos a um ímã pela cor e formato. Mas o vídeo é totalmente falso, pois não atende às leis da física. Nem forçando as contas isso consegue ser explicado)”

O Nujoc checagem já verificou outras informações sobre a vacina contra covid-19, para mais informações, clique aqui.

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