Publicado originalmente em IEA-RP/USP por Thaís Cardoso. Para acessar, clique aqui.
Referência mundial quando o assunto é vacinação, o Brasil passou a ver discussões em torno de um questionamento não muito comum até antes da pandemia: afinal, deve ser obrigatório se vacinar? O USP Analisa levou essa pergunta à professora da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP Marta Rodrigues Maffeis e ao professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP Benedito Lopes da Fonseca. No programa desta semana, eles conversam sobre isso e também sobre a exigência do passaporte vacinal.
“O passaporte vacinal é extremamente importante não só do ponto de vista de proteger a pessoa contra uma doença grave, mas para impedir a transmissão dessa doença. Porque se eu vacino uma pessoa de 11 a 18 anos, essa pessoa depois de vacinada pode ficar do lado do avô e da avó com tranquilidade. Porque se esses idosos, assim como os jovens, estiverem vacinados, a possibilidade dele transmitir uma quantidade grande de vírus que vá causar uma doença nos seus avós ou seus parentes mais idosos é pequena, e com isso eu vou levar a uma doença mais leve”, explica Fonseca.
Marta lembra que o Supremo Tribunal Federal, considerando a autonomia das Universidades, autorizou que as instituições exijam o passaporte vacinal para que os estudantes voltem a frequentar as aulas, assim como o uso de máscaras.
“Eu particularmente acho até que essa retirada de máscara foi um pouco precoce. Tanto que a USP, pelo menos em nossas unidades, ainda impõe a obrigatoriedade da máscara. Considerando o impacto que houve com a covid, a gravidade da doença, o tanto de mortes, a doença realmente letal, grave, que deixa sequelas, não é nenhuma medida exagerada exigir um passaporte vacinal”, diz ela.
“A gente pode usar essas medidas restritivas dentro das unidades da USP, mas o que as pessoas fazem fora dos campi é um problema. Talvez o ideal fosse que o que a gente está fazendo aqui servisse de ensinamento para que essas pessoas, quando estivessem fora da Universidade, seguissem as mesmas recomendações. Porém, a gente sabe que isso nem sempre acontece. De qualquer forma, a gente está fazendo a nossa parte, evitando que a USP seja um foco de transmissão da covid-19”, afirma o professor.
O USP Analisa é quinzenal e leva ao ar nesta sexta, às 16h45, um pequeno trecho da entrevista, que pode ser acessada na íntegra nas plataformas de podcast Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Deezer e Amazon Music.
Referência mundial quando o assunto é vacinação, o Brasil passou a ver discussões em torno de um questionamento não muito comum até antes da pandemia: afinal, deve ser obrigatório se vacinar? O USP Analisa levou essa pergunta à professora da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP Marta Rodrigues Maffeis e ao professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP Benedito Lopes da Fonseca. No programa desta semana, eles conversam sobre isso e também sobre a exigência do passaporte vacinal.
“O passaporte vacinal é extremamente importante não só do ponto de vista de proteger a pessoa contra uma doença grave, mas para impedir a transmissão dessa doença. Porque se eu vacino uma pessoa de 11 a 18 anos, essa pessoa depois de vacinada pode ficar do lado do avô e da avó com tranquilidade. Porque se esses idosos, assim como os jovens, estiverem vacinados, a possibilidade dele transmitir uma quantidade grande de vírus que vá causar uma doença nos seus avós ou seus parentes mais idosos é pequena, e com isso eu vou levar a uma doença mais leve”, explica Fonseca.
Marta lembra que o Supremo Tribunal Federal, considerando a autonomia das Universidades, autorizou que as instituições exijam o passaporte vacinal para que os estudantes voltem a frequentar as aulas, assim como o uso de máscaras.
“Eu particularmente acho até que essa retirada de máscara foi um pouco precoce. Tanto que a USP, pelo menos em nossas unidades, ainda impõe a obrigatoriedade da máscara. Considerando o impacto que houve com a covid, a gravidade da doença, o tanto de mortes, a doença realmente letal, grave, que deixa sequelas, não é nenhuma medida exagerada exigir um passaporte vacinal”, diz ela.
“A gente pode usar essas medidas restritivas dentro das unidades da USP, mas o que as pessoas fazem fora dos campi é um problema. Talvez o ideal fosse que o que a gente está fazendo aqui servisse de ensinamento para que essas pessoas, quando estivessem fora da Universidade, seguissem as mesmas recomendações. Porém, a gente sabe que isso nem sempre acontece. De qualquer forma, a gente está fazendo a nossa parte, evitando que a USP seja um foco de transmissão da covid-19”, afirma o professor.
O USP Analisa é quinzenal e leva ao ar nesta sexta, às 16h45, um pequeno trecho da entrevista, que pode ser acessada na íntegra nas plataformas de podcast Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Deezer e Amazon Music.
O programa é uma produção conjunta do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP e da Rádio USP Ribeirão Preto. Para saber mais novidades sobre o USP Analisa e outras atividades do IEA-RP, inscreva-se em nosso canal no Telegram.