Mudanças climáticas estão causando destruição das pinturas rupestres mais antiga do mundo

Publicado originalmente em ANDA News. Para acessar, clique aqui.

Uma pintura rupestre na ilha de Sulawesi da Indonésia, considerada a mais antiga do mundo, está decompondo-se rapidamente por conta da erosão salina provavelmente causada pelas mudanças climáticas, advertem arqueólogos.

A pintura de um grupo de teriantropos, ou humanos com características animais, aparentemente caçando animais, foi descoberta em uma caverna de calcário em 2017 e são de quase 44.000 anos atrás.

Especialistas estão agora correndo contra o tempo para descobrir maneiras de preservar a inestimável obra de arte pleistocênica.

“O impacto é muito severo e irá destruir as pinturas”, disse Basran Burhan, arqueólogo da Universidade Griffith na Austrália, disse à Reuters após inspecionar as pinturas em Maros.

Temperaturas mais elevadas e o aumento da severidade dos eventos El Nino contribuíram para o aceleramento da cristalização salina na caverna, efetivamente “esfoliando” a pintura, segundo um estudo publicado no mês passado no Scientific Reports por arqueólogos da Austrália e da Indonésia.

A seca prolongada, combinada com fortes chuvas das monções, criaram condições “altamente favoráveis” que intensificaram a cristalização salina, segundo o estudo.

“O pigmento que compõe a imagem na parede da caverna está descascando,” disse o arqueólogo Rustan Labe, mostrando imagens em seu laptop que indicam a escala da esfoliação entre outubro de 2018 e março de 2019. A documentação das imagens mostrou que 1,36898 centímetros quadrados descascaram dentro dos seis meses.

Labe, que trabalha no Centro de Conservação de Herança Cultural do Ministério de Educação e Cultura, disse que arqueólogos irão trabalhar em pequenos times para monitorar o crescimento dos cristais de sal e outros pequenos organismos na parede da caverna.

“Iremos prevenir e lidar com os fatores que podem ser ameaças, e tratar o assunto imediatamente”, disse Rustan.

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