Aumenta o número de espécies de macacos em extinção após início de surto de varíola

A doença trouxe um cenário preocupante para as autoridades e novas medidas devem ser tomadas na sociedade.

Um levantamento do Departamento de Pesquisa de Animais em Extinção da Universidade de Oxford, apontou que houve um aumento de 75,3% de espécies de macacos em extinção. O percentual sobe para 94,7% na espécie conhecida como muriqui-do-norte, conhecida por ser um dos transmissores da Varíola dos Macacos.

Transmissão

O vírus pode ser transmitido através do contato direto com a espécie, o quadro endêmico da doença que está causando mais transtornos do que o esperado. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de nove a 24 dias, mas pode variar de oito a 36 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Muriqui-do-norte é uma das espécies que entrou na lista de espécies em extinção desde a chegada da varíola dos macacos ao Brasil.

Devido ao cenário preocupante, a Sociedade Brasileira de Primatologia emitiu um alerta sobre a transmissão da doença Monkeypox, que apesar do nome, não está associada aos primatas, o número de animais mortos aumentou em pouco tempo.

Segundo Andressa Cazote, bióloga da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o aumento é preocupante a ponto de colaborar para a extinção de algumas espécies que antes do surto já estavam em situação de risco.

“Estamos lutando para desmistificar que a doença tem relação direta com os primatas, mas a sociedade está com medo de enfrentar uma nova pandemia”, disse.

Registros de macacos mortos por tiros ou envenenamento crescem em várias cidades, principalmente nas proximidades da área onde casos da doença já foram confirmados. O levantamento da sociedade de primatologia afirma ainda que, além da espécie Muriqui-do-norte, outras três espécies também entraram em risco de extinção. São elas: Sauim-de-coleira, Cuxiú-preto e Macaco-barrigudo.

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Espécies quase extintas: Cuxiú-preto, Sauim-de-coleira e Macaco-barrigudo.

Gustavo Canale, Presidente da Sociedade Brasileira de Primatologia, conta em entrevista que:

“O risco é claro, estamos prestes a perder mais 3 espécies pertencentes à fauna brasileira. Uma vez que esses animais entrarem em extinção, todo o ecossistema do país poderá ser abalado. Precisamos conscientizar a população o quanto antes!”.

O Biólogo e Coordenador do setor de Fauna da Unidade de Conservação, Dhyego Melo, faz um apelo para que a população ao avistar algum macaco doente ou morto, avise aos órgãos de saúde do seu município. A falta de informação e de sensibilidade com os seres com que convivemos faz muito mal à sociedade, gerando uma cadeia de rumores falsos.

O morador de Caroebe, João Francisco Filho, acredita que a doença é maligna e já tem mais de 20 armadilhas espalhadas pela região de mata no município.

“Eu não vou sentar e ver minha família morrer por causa desses animais que não servem pra nada além de sujar e bagunçar as plantações”.

Denúncia anônima:

SAN- Segurança Ambiental do Norte: 0800 63 8080

Depa – Delegacia Eletrônica de Proteção Amazônica: www.webdenuncia.org.b.

IBAMA- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis: linhagrossa@ibAMa.com

Doações para campanha contra a caça ilegal e o extermínio dos macacos: https://images.app.goo.gl/mC2acL2ovw7yLD9h7

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