Açaí, tucumã e buriti são os insumos da Amazônia com potencial de inovação mais estudados por pesquisadores brasileiros

Publicado originalmente em Agência Bori. Para acessar, clique aqui.

Highlights

  • Análise foi feita a partir de um levantamento de 1.070 artigos científicos da base internacional Web of Science de 2017 a 2021
  • Açaí, tucumã, castanha do brasil, cupuaçu e guaraná são algumas matérias-primas estudadas pelos cientistas brasileiros
  • Insumos podem ter aplicações em áreas estratégicas como a saúde e indústria

Açaí, tucumã e buriti: esses são os insumos da Amazônia que mais apareceram em pesquisas científicas publicadas entre 2017 a 2021 por instituições de pesquisa brasileiras sobre matérias-primas da região. É o que mostra a publicação “Bioeconomia amazônica: uma navegação pelas fronteiras científicas e potenciais de inovação”, realizada pela World-Transforming Technologies (WTT) com a participação da Agência Bori, divulgada na sexta-feira (8).

Os dados foram obtidos a partir de um mapeamento de pesquisas recentes publicadas na forma de artigos científicos na base internacional de periódicos Web of Science. O levantamento, que mapeou 1.070 artigos científicos publicados nos últimos cinco anos, revela as áreas científicas e instituições de pesquisa brasileiras que mais produziram estudos sobre inovações a partir de biocompostos produzidos por insumos da Amazônia com potencial de aplicação na bioeconomia local.

Ciência das plantas, Ciências ambientais, Ciência e Tecnologia de alimentos, Ecologia e Bioquímica molecular são as áreas científicas com mais artigos que estudaram os insumos da Amazônia. Dentre as instituições com mais trabalhos na área, destacam-se a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o Museu Paraense Emílio Goeldi, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

As matérias-primas mais estudadas pelos grupos de pesquisa brasileiros são açaí, tucumã, buriti, piper, aniba, castanha do brasil, andiroba, cupuaçu, guaraná e bacaba. A aplicação desses produtos pode ser feita em diversas atividades industriais: produtos artesanais, fabricação de tecidos, artesanato, fios e redes de pesca, compósitos cimentícios para construções sustentáveis, filmes biodegradáveis.

Conceder mais visibilidade às pesquisas com potencial de aplicação para o desenvolvimento da região também foi um dos objetivos do trabalho. A publicação traz em destaque o resumo de sete desses estudos, selecionados a partir de critérios como potencial inovativo e relevância científica, social e econômica.

Os pesquisadores constataram que diversos estudos já utilizaram os insumos amazônicos para aplicação na saúde. Algums artigos tiveram como objetivo compreender como os conhecimentos tradicionais contribuem para o tratamento de algumas patologias, além de pesquisas em áreas como tratamento de câncer, desenvolvimento de novos medicamentos, alimentos funcionais etc.

Além dos resultados do levantamento, a publicação traz cinco artigos analíticos inéditos escritos por pesquisadores, gestores e empreendedores de renome na área: Carina Pimenta, Júlia Sekula, Mariana Barrella, Ricardo Abramovay e Tatiana Schor. Os autores escrevem sobre a relação entre bioeconomia, desenvolvimento científico e tecnológico e a preservação do meio ambiente e geração de empregos.

“A biodiversidade amazônica é de uma riqueza extraordinária. Se formos capazes de aplicar ciência à essa riqueza, e transformá-la em inovações – produtos e serviços que melhoram a vida das pessoas – os resultados serão fantásticos”, explica Andre Wongtschowski, Gerente de Operações da World-Transforming Technologies (WTT) e idealizador do estudo.

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