Publicado originalmente em instagram de União Pró-Vacina. Para acessar, clique aqui.
No Brasil, o uso de vacina contra a varíola passa a ser obrigatória para crianças em 1837 e para adultos em 1846. Anos mais tarde, em 1904, Oswaldo Cruz motivou o governo a enviar ao Congresso um projeto para obrigatoriedade da vacinação em todo o território nacional.
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A Lei serviu como estopim para um importante episódio da história do Brasil e da saúde pública: a Revolta da Vacina. A população, em sua maioria negra e empobrecida, não aceitava ver sua casa invadida e ter que tomar uma injeção contra a sua vontade. Ainda mais por não ter sido esclarecida ou consultado em nenhum momento sobre a importância de tal medida.
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Em 1936, no Brasil, Max Theiler e Henry Smith, da Fundação Rockefeller, chegaram à cepa atenuada do vírus da febre amarela. Em 1940, chegou-se à versão final do imunizante, que até hoje a vem sido produzida pela Fiocruz, a maior produtora mundial do imunizante contra febre amarela.
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O Programa Nacional de Imunizações – 1971 / PNI – do Brasil, é referência mundial, e organizou campanhas de vacinação em outros países, auxiliando programas de imunizações, e estabelecendo cooperação técnica em inúmeros países. As atividades de imunização planejadas, sistematizadas e desenvolvidas em nosso país erradicaram a varíola em 1973 e a poliomielite em 1989, controlaram o sarampo, o tétano neonatal, as formas graves da tuberculose, a difteria, o tétano acidental e a coqueluche. Além disso, as medidas para o controle da caxumba, rubéola e da síndrome da rubéola congênita, da hepatite B, das infecções invasivas pelo Haemophilus influenzae, da influenza e também das infecções pneumocócicas e suas complicações nos idosos, foram extremamente importantes e tiveram efeitos positivos na promoção da saúde da população brasileira.
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Por isso é importante que adultos e crianças estejam em dia com todas as vacinas. É preciso pensar que algumas pessoas, por condições específicas de saúde, não podem se vacinar, o que reforça nosso papel enquanto cidadãos.
Por Laís Souza, M.Sc.
@lais.oliveira.souza
Editora Executiva de Ciências Humanas do PMS