Publicado originalmente em instagram de União Pró-Vacina. Para acessar na íntegra clique aqui.
A resposta é não!
As vacinas de DNA inserem um pequeno DNA circular chamado plasmídeo. Nele, realizam-se modificações e inserções de genes do patógeno – o agente causador da doença -, para que, quando for injetado (através da eletroporação) no núcleo de células do paciente, seja lido pela maquinaria celular, produza a proteína codificada pelo gene e, por fim, seja reconhecida como estranha pelo sistema imune e induza imunidade contra aquela proteína.
As vacinas de RNA seguem o mesmo princípio. No entanto, elas não necessitam que o mRNA seja inserido no núcleo, visto que a tradução dessa molécula é realizada no citoplasma. Nessas vacinas, o mRNA é incorporado em nanopartículas lipídicas, que carregam a fita de mRNA para dentro do citoplasma. Nanotecnologia e a eletroporação são necessárias para introdução dessas moléculas dentro das células, uma vez que são grandes demais para serem transportadas espontaneamente.
Nem o DNA plasmidial, nem o mRNA, são inseridos dentro do genoma humano, e portanto, não alteram nosso DNA. Ainda que o plasmídeo seja inserido no núcleo, ele não se multiplica junto com o DNA celular durante a divisão celular. Como dito acima, mesmo que inventassem uma vacina de DNA cujo plasmídeo pudesse se integrar no genoma, seria muito improvável que a inserção deliberada de novos genes criasse uma nova espécie humana ou capacidades novas, como superinteligência ou capacidade de voar. Somos produtos de bilhões de anos de evolução, temos um DNA enorme ainda em estudo e genes que interagem entre si de formas complexas. É muitíssimo improvável que a inserção de alguns genes consiga produzir uma nova espécie.
Veja esta e mais outras dúvidas respondidas, relacionadas às vacinas, no nosso guia interativo: bit.ly/provaxinterativo