Publicado em Coar Notícias por Marta Alencar. Para acessar, clique aqui.
Textos, fotos e vídeos compartilhados em grupos de WhatsApp e nas redes sociais nos últimos meses alertam que o termômetro infravermelho que faz aferição da temperatura corporal traz danos ao cérebro, especificamente a glândula pineal. Um vídeo divulgado massivamente, inclusive, informa que com o tempo tal procedimento pode ocasionar vários distúrbios no organismo. Devido esses conteúdos errôneos e sem comprovação científica, milhares de estabelecimentos no país passaram a realizar a aferição no pulso das pessoas ao invés da testa.
O site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma notícia no dia 14 de setembro e atualizada no dia 30 do mesmo mês, onde informa que é falsa a informação de que o uso de termômetros infravermelhos direcionados para a testa pode fazer mal ao ser humano, em especial à região da glândula pineal. A glândula tem função de produção e regulação de hormônios e fica localizada próximo ao tálamo e hipotálamo, na parte mais central do cérebro.
O órgão ainda ressalta que a radiação infravermelha é um tipo de luz, num espectro que não é visível ao ser humano, emitido por todo corpo quente. Os termômetros infravermelhos, destes usados para medição de temperatura corporal em avaliação clínica médica de pacientes ou para triagem de pessoas em estabelecimentos comerciais, usa um sensor passivo para detectar a radiação infravermelha emitida pelo calor do corpo. O termômetro não emite radiação, ele somente detecta a radiação emitida pelo corpo.
O site do órgão acrescenta que muitos termômetros possuem um laser-guia, que não faz a medição da temperatura, servindo somente para indicar o local onde está sendo feita a medição, evitando erros na leitura. A luz emitida por esse laser se encontra no espectro visível, sendo usada a luz vermelha de baixa intensidade. Essa luz também não possui poder de penetração na pele, sendo, em parte refletida, tornando visível o ponto vermelho que indica o local da medição.