Publicado originalmente em Observatório da Comunicação Pública – OBCOMP. Para acessar, clique aqui.
Divulgado pela entidade internacional Scholars at Risk (SAR), o relatório Free to Think 2021 apresenta dados de 332 ataques à liberdade acadêmica em 65 países do globo. Prisões, demissões, processos judiciais e administrativos, imposições para viagens e violência física são as cinco principais categorias identificadas, dentre outros tipos de ataques monitorados pelo projeto. Em países como Afghanistan, Nigeria e Myanmar, os casos mapeados indicam assassinatos e uso de violência física contra membros da comunidade acadêmica.
No Brasil, Índia e Hong Kong são destacados os atuais processos administrativos e judiciais contra acadêmicos, enquanto em Bangladesh e Belarus as demissões e as suspensões de professores e estudantes. De acordo com os dados apresentados, entre 1990 e 2017, a liberdade acadêmica no Brasil manteve o indíce máximo pontuado pelo relatório. Contudo, a partir de 2018, o índice decaiu consideravelmente. Os casos dos professores Conrado Hübner Mendes (USP), Pedro Rodrigues Curi Hallal (UFPel), Eraldo dos Santos Pinheiro (UFPel) e a prisão de três estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), durante visita do ministro da Educação Milton Ribeiro a Porto Alegre, são exemplos de ataques citados ocorridos em 2021. Em versão anterior, os casos da professora Débora Diniz (2018), bem como as medidas provisórias para a escolha de reitores, foram apontados como práticas deteriorantes da liberdade acadêmica no Brasil.
O relatório completo referente ao ano de 2021 está disponível para consulta neste link.