Ranking do Saneamento: checagens de declarações oficiais das Prefeituras no Nordeste. Teresina, São Luís, Maceió e Recife estão entre os piores municípios

Publicado originalmente em Coar Notícias. Para acessar, clique aqui.

Quatro cidades no Nordeste, sendo três capitais, estão entre os piores em saneamento básico no Ranking do Instituto Trata Brasil

Por Marta Alencar

O que verificamos: Matérias e posts oficiais

Etiqueta: COAMOS

A nova edição do Ranking do Instituto Trata Brasil aborda os indicadores de água e esgotos nas 100 maiores cidades do país com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) – ano base 2019, divulgado pelo Ministério das Cidades.

Apesar de gestores de cidades no Nordeste informarem em matérias institucionais ou postagens nas redes sociais, que estão ampliando o saneamento básico, dados do Instituto Trata Brasil mostram que tais municípios têm os piores resultados no Ranking de Saneamento. Em recente matéria no site da Prefeitura de Teresina, o prefeito Dr. Pessoa comemorou a ampliação da cobertura de tratamento de esgoto da zona urbana da capital, que saiu de 19% para 42,6% nos últimos cinco anos. É verdade que o tratamento de esgoto na capital aumentou conforme comparativo que a COAR fez de 2019 e 2022. No entanto, Teresina é a 17ª cidade com pior índice entre as 20 elencadas pelo relatório do Instituto Trata Brasil.

Diferente da gestão de Teresina, a Prefeitura de Maceió em Alagoas cobrou no início de 2022, às empresas responsáveis pelas obras de saneamento na capital, quais as vias que necessitam de intervenção imediata para corrigir problemas como obstrução de galerias, ausência de asfalto ou outras situações identificadas pelo município.

De acordo com o Ranking do Saneamento Básico do Instituto Trata Brasil, Maceió está entre as piores cidades. A cidade era a 80ª pior em 2020, depois passou a ser a 85ª pior em 2021, e agora aparece como a 91ª pior em 2022. Na capital de Alagoas, 89,67% é o percentual de atendimento urbano de água, 43,03% indicador de atendimento total de esgoto, 43,06% indicador de atendimento urbano de esgoto.

Em Pernambuco, a cidade de Jaboatão dos Guararapes apresenta os piores índices de saneamento básico, embora a gestão municipal garanta em posts oficiais altos investimentos no tratamento de esgoto e água. Em 2019, o município de Jaboatão dos Guararapes foi eleito o pior município do país em saneamento.

No Ranking, também a COAR destaca São Luís, que está em 16ª posição entre as piores cidades. Embora em novembro deste ano, o governador reeleito do Maranhão, Carlos Brandão tenha autorizado mais investimentos em saneamento e balneabilidade das praias da capital, São Luís tem 52,70% de atendimento urbano de esgoto. E é uma das três capitais do Nordeste com dados negativos sobre saneamento.

Convém acrescentar que o levantamento do Trata Brasil leva em consideração o acesso a água, coleta e tratamento de esgotos e os índices de perdas e investimentos.

As 20 piores cidades

Veja a seguir quais são estas cidades no país:

  1. Macapá (AP)
  2. Porto Velho (RO)
  3. Santarém (PA)
  4. Rio Branco (AC)
  5. Belém (PA)
  6. Ananindeua (PA)
  7. São Gonçalo (RJ)
  8. Várzea Grande (MT)
  9. Gravataí (RS)
  10. Maceió (AL)
  11. Duque de Caxias (RJ)
  12. Manaus (AM)
  13. Jaboatão dos Guararapes (PE)
  14. São João de Meriti (RJ)
  15. Cariacica (ES)
  16. São Luís (MA)
  17. Teresina (PI)
  18. Recife (PE)
  19. Belford Roxo (RJ)
  20. Canoas (RS)

Ranking de saneamento básico

Para compor o ranking, o Instituto Trata Brasil considera várias informações fornecidas pelas operadoras de saneamento presentes em cada um dos municípios brasileiros. O levantamento analisa os indicadores de saneamento das 100 maiores cidades do país, que concentram aproximadamente 40% da população brasileira.

Em 2011, o Ranking considerava apenas municípios com mais de 300 mil habitantes, o que correspondia a 81 municípios brasileiros. A metodologia proposta em 2012 foi aplicada aos 100 maiores municípios em termos da população calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A COAR ressalta que ao receber uma mensagem duvidosa, desconfie e não forneça seus dados antes de ter certeza de que é verdadeira. Qualquer dúvida nos contate pelo WhatsAppTelegram ou pelo nosso email coarnews@gmail.com ou mesmo pelo Instagram (@coarnoticias).

Referências da COAR

Trata Brasil

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