Publicado originalmente em ObjETHOS. Para acessar, clique aqui.
Amanhã, 6, a partir das 14 horas, Juliana de Amorim Rosas, doutoranda do PPGJOR e pesquisadora do objETHOS, defende a tese “Quem vigia os vigilantes? O ombudsman e a teoria da crítica de imprensa”, orientada pelo professor Rogério Christofoletti. A banca de avaliação é formada pelos professores Fernando Oliveira Paulino (UnB), Kelly Prudencio (UFPR) e Jacques Mick (UFSC).
A pesquisa examina a crítica do ombudsman à luz da Teoria da Crítica de Imprensa, traçada pela pesquisadora americana Wendy Wyatt em livro de 2007. A crítica jornalística é analisada em colunas de ombudsman publicadas nos jornais Correio da Paraíba, Folha de S. Paulo e O Povo, do Ceará. O ombudsman de imprensa tradicionalmente está incumbido de atender os leitores e realizar crítica do veículo onde trabalha.
A tese está dividida em oito capítulos e o empírico é apresentado em duas partes, com colunas publicadas em meados dos anos 1990 – década de maior influência e proliferação do ombudsman, e em 2019 – quando se comemorou 30 anos do surgimento da função no país. A análise apresenta características textuais e da função nos três jornais analisados, identifica a crítica de imprensa encontrada e suas implicações para o jornalismo e a democracia. A metodologia utilizada foi a Análise de Conteúdo, auxiliada pelo software Iramuteq. Entre as conclusões, constata-se que, de modo predominante, veículos noticiosos e ombudsmans possuem visão distinta de modelos democráticos no jornalismo e poucas vezes a crítica alcança o ideal deliberativo proposto pela Teoria da Crítica de Imprensa.
A sessão de defesa acontece por vias remotas, seguindo as restrições impostas pela pandemia de Covid-19, e pode ser acompanhada por este link.