PCR é o melhor método disponível para diagnóstico da COVID-19

Publicado originalmente em COVID-19 DivulgAÇÃO Científica. Para acessar, clique aqui.

Teste tem alta especificidade e mostra se a pessoa está na fase aguda da doença.

Apesar de ser um grande aliado no diagnóstico de pacientes com COVID-19 no mundo inteiro, o teste conhecido como PCR – da sigla, em inglês, para reação da polimerase em cadeia – vem sendo alvo de fake news. Uma fala atribuída a uma médica holandesa defende, sem nenhuma evidência comprovatória, que até 94% dos resultados do teste são falsos. Quem trabalha na área sabe: nada mais longe da verdade.

“Os testes de PCR, em geral, são os mais específicos e normalmente são os confirmatórios para a maioria das doenças”, afirma o microbiologista Eduardo Ruback dos Santos, pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz-Ceará e coordenador técnico de biologia molecular da Unidade de Apoio ao Diagnóstico da COVID-19 no mesmo estado. “Na COVID-19, o PCR é o padrão ouro para determinar se a pessoa está na fase aguda da doença”.

Para realização do teste, é colhida uma amostra das mucosas do paciente – geralmente, pelo nariz. Em seguida, no laboratório, faz-se uma pesquisa por trechos do material genético do coronavírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19 (saiba mais sobre o funcionamento do teste). “Temos testes que PCR que podem determinar até três partes diferentes do SARS-CoV-2 de uma só vez, logo, a chance de não se detectar o vírus, mesmo que ele tenha sofrido mutação, é quase nula”, completa Santos, que chega a realizar 120 mil testes de PCR por mês.

Existem outros métodos capazes de observar a presença do vírus nos pacientes, como um teste rápido para detecção direta do antígeno viral – no caso, uma proteína da camada externa do vírus. Embora seja rápido e sensível, o teste não é tão específico quanto o PCR. “Em caso positivo, é recomendado que se confirme o resultado com o PCR”, ressalta o especialista. Além disso, há exames de sangue capazes de detectar a presença de anticorpos de fase aguda contra o SARS-CoV-2. Da mesma forma, seus resultados precisam ser confirmados pelo PCR.

Entre todos os testes disponíveis, o PCR é aquele que tem menor chance de ter um resulltado falso positivo – sua especificidade é maior ou igual a 99%. Desde o início da pandemia, há um esforço de aperfeiçoar os testes de PCR, de modo a aumentar sua confiança, inclusive diante das novas variantes do coronavírus. “Normalmente, a cada produção destes testes, uma nova versão, mais otimizada, é incluída”, aponta Santos. “Temos, hoje, testes chamados Multiplex, que permitem diferenciar mais de uma doença no mesmo PCR, como, por exemplo, o teste SARS-CoV-2/InfluenzaAB, que permite diferenciar se a pessoa está infectada com COVID-19 ou gripe”.

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