Publicado originalmente em Observatório de Comunicação Pública – OBCOMP. Para acessar, clique aqui.
A iniciativa foi criada em janeiro pelo ministro Flávio Dino com o objetivo de monitorar casos de agressões contra comunicadores
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), promoveu em fevereiro a primeira reunião com o Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas e Comunicadores, e o Núcleo de Comunicação Pública e Política (Nucop) e do Observatório de Comunicação Pública (Obcomp) da UFRGS. A iniciativa foi criada em janeiro pelo ministro Flávio Dino com o objetivo de monitorar casos de violência contra os profissionais da área.
O encontro, que ocorreu em formato híbrido, contou com a presença de mais de 30 representantes de entidades da categoria e órgãos do Poder Judiciário para dialogar sobre as principais demandas do Observatório. Entre as deliberações, ficou definida a inclusão da terminologia “Comunicadores” no nome do Observatório, o chamamento de representantes do Legislativo e das Escolas Nacionais de Educação para as próximas ocasiões e a definição que as reuniões ocorrerão a cada 60 dias.
A coordenadora do Nucop e do Obcomp, Maria Helena Weber, ressaltou o papel das universidades no combate a violência por meio da formação de jornalistas e pesquisadores, “através da sua responsabilidade de manter um debate público sobre a violência contra jornalistas que pode ser institucional, ideológica e física”, comenta.
De acordo com o secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, a primeira reunião foi representativa e produtiva. “Essas entidades fizeram contribuições muito importantes para que o observatório não seja apenas um compilado de informações, mas que ele possa propor políticas públicas, cobrar das autoridades uma resposta aos casos de violência, como também trazer novas sugestões”, disse. O próximo encontro do Observatório de Violência contra Jornalistas ocorrerá em dois meses.
A partir da reunião, o Observatório começou a receber informações das organizações que já possuem dados de casos de violência contra jornalistas e comunicadores para montar o seu próprio banco de dados e criar um local único onde toda a sociedade civil possa acessar essas informações. Depois do trabalho de análise, os casos mais sensíveis que precisam de atendimento imediato serão priorizados.
A criação do Observatório da Violência contra Jornalistas foi um pedido de entidades sindicais dos jornalistas que procuraram o ministro Flávio Dino nos primeiros dias de janeiro. O Observatório vai monitorar todos os casos de ataque a categorias de jornalistas e veículos em geral, por meio do acionamento das autoridades competentes, acompanhamento das investigações e participação ativa no intuito de auxiliar na identificação dos autores de crimes.