OBCOMP completa 9 anos de contribuição e monitoramento do debate sobre comunicação pública e democracia

Publicado originalmente em Observatório de Comunicação Pública do Piauí (OBCOMP). Para acessar, clique aqui.

O Observatório da Comunicação Pública (OBCOMP) celebra 9 anos de atividades nesta terça-feira, 27 de agosto. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) sedia o observatório que conta com a participação de pesquisadores de outras  cinco instituições de ensino superior brasileiras (UFSC, UFPel, UFSM, UnB e Unipampa) e a universidade francesa Sorbonne Nouvelle. O Observatório se dedica à produção editorial sobre comunicação pública, incluindo notícias e textos opinativos, além de registrar aulas públicas, entrevistas, conferências, artigos, críticas e opiniões. O site do projeto oferece ainda um extenso repositório de produção científica, com teses, dissertações, artigos e livros, além de um espaço voltado para propaganda e campanhas de interesse público.

Neste ano, o aniversário do OBCOMP é marcado pelas intervenções dos projetos de extensão vinculados ao Observatório na UFRGS e na UFSM (Campus Frederico Westphalen), relacionadas às enchentes no Rio Grande do Sul, em maio de 2024, e à onda de desinformação observada durante os eventos extremos do clima. Desse modo, destaca-se o programa de áudio “Verdade ou Mentira?”, produzido por estudantes e professores da Universidade Federal de Santa Maria, em Frederico Westphalen (UFSM/FW), distribuído para rádios da região central e noroeste do estado com o objetivo de informar e alertar a população sobre informações falsas veiculadas durante as enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul. A outra ação, organizada por professores e alunos da UFRGS, é o mapeamento de atores e iniciativas de combate à desinformação no contexto da catástrofe climática que atingiu o estado no primeiro semestre. Parte das imagens que dão uma dimensão da devastação provocada pela enchente histórica de 2024 estão na seção Galeria  a partir do trabalho de Mateus Bruxel, um fotojornalista gaúcho que une em seus registros a razão, a emoção e a estética. 

Aporte 

Em nove anos de atividade o OBCOMP tem atuado no monitoramento de acontecimentos de interesse público e no debate crítico sobre problemáticas do campo da comunicação. Esta atuação  pode ser traduzida em números: o site contabiliza atualmente 620 notícias publicadas, 105 textos e opiniões, 318 eventos registrados e 253 campanhas. O repositório acadêmico (biblioteca) totaliza 764 artigos, 926 livros e 387 teses e dissertações, além de indicações de periódicos qualificados da área, pesquisas e outras produções, com seus respectivos links. 

Fonte: OBCOMP 

O site também reúne referências a 29 grupos de pesquisa nas áreas de Comunicação Pública, Democracia Digital, Deliberação, Mídias, Comunicação Governamental, Política e Opinião Pública. Indica o acesso a 39 observatórios, 23 associações e federações, sites dos órgãos de Comunicação do Executivo municipal das 26 capitais dos estados e das Secretarias de Comunicação dos 26 estados e do Distrito Federal. Apresenta, ainda, referências a 27 órgãos de Comunicação do Executivo federal e às estruturas de Comunicação do Legislativo (estadual e federal) e do Judiciário.  

Em termos de mídias públicas, relaciona 27 agências de notícias públicas do Brasil e da América Latina, bem como os principais jornais impressos ligados ao poder público e as emissoras de rádio e televisão do sistema brasileiro de radiodifusão pública. O conteúdo disponível abrange ainda a legislação atinente à Comunicação Pública no Brasil. 

A coordenadora do OBCOMP, professora Maria Helena Weber, enfatiza a importância de um Observatório de Comunicação Pública ativo no contexto das enchentes extremas durante um ano de eleições municipais. Ela destaca que essa catástrofe no Rio Grande do Sul “revela uma complexa crise político-ambiental, exacerbada pela especulação imobiliária, a falta de manutenção do aparato anti-cheias, o negacionismo científico e a manipulação da realidade através de mídias sociais”. Nesse cenário, diversas entidades e pesquisadores trabalham para fortalecer o debate público sobre o compromisso dos governantes com a comunicação pública e o combate às fake news, em prol da cidadania, complementa.

Tendo o Programa de Pós-Graduação em Comunicação  (PPGCOM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) como sede, o OBCOMP é mantido por uma equipe de doutorandos e mestrandos vinculados ao Núcleo de Pesquisa em Comunicação Pública e Política (NUCOP), além de professores, pesquisadores e profissionais que compõem seus conselhos consultivo e deliberativo.

O OBCOMP foi criado com recursos públicos do CNPq (Edital 43/2013) e sua manutenção conta com o investimento técnico e funcional da UFRGS. Constitui-se também como importante prática no campo da democracia digital, que demarca as pesquisas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia/Democracia Digital (INCT-DD), do qual o NUCOP/UFRGS participa.

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