Publicado originalmente em Agência Lupa por Evelyn Fagundes. Para acessar, clique aqui.
Circula nas redes sociais trecho de uma suposta reportagem de janeiro deste ano afirmando que o ministro da Defesa, José Múcio, teria confirmado o “fim das Forças Auxiliares do Brasil” com o objetivo de criar uma nova Guarda Nacional. Segundo o post, o plano seria o de desarmar policiais militares e civis e, posteriormente, a guarda civil. É falso.
Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação?:
Fim das Forças Auxiliares do Brasil. Nos bastidores do Planalto, Lula e o Ministro de Defesa, José Múcio Monteiro confirma o fim das Forças Auxiliares no Brasil […] ‘Nosso ponto de partida será desarmar policiais militares e policiais civis. Posteriormente a guarda civil’ – José Múcio Monteiro (Ministro da Defesa do Brasil)
– Trecho do texto extraído imagem que circula no WhatsApp
Falso
O Ministério da Defesa não anunciou o fim das Forças Auxiliares do Brasil, como diz o post falso. Em nota encaminhada à Lupa, a pasta disse que as afirmações apresentadas no print que circula nas redes sociais não são verídicas. Na imprensa, tampouco, há alguma publicação sobre a suposta fala atribuída ao ministro José Múcio, de que o objetivo seria o de desarmar os policiais militares e civis.
O print compartilhado nas redes mostra uma suposta matéria jornalística. No entanto, a imagem não exibe o nome do veículo. Por meio de pesquisas em ferramentas de buscas, também não é possível identificar a reportagem. Tampouco há informações disponíveis sobre o repórter que supostamente assina o texto. O nome da conta mencionada na captura de tela não remete a nenhum perfil no Instagram e nem no Twitter.
Além disso, no site oficial do Ministério da Defesa não há qualquer publicação que faça menção ao falso plano citado no post desinformativo, assim como na imprensa não existem notícias sobre a extinção das Forças Auxiliares.
O artigo 144 da Constituição Federal define como Forças Auxiliares as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros e que atuam como “reservas” do Exército.