Publicado originalmente em Ministério da Saúde. Para acessar, clique aqui.
A prevenção e o combate à desinformação na área da saúde vão ganhar mais um reforço apoiado pela ciência. Com o apoio financeiro do Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançou chamada pública de incentivo a pesquisas que contribuam para o desenvolvimento científico e tecnológico e para a inovação do país na área de desinformação em saúde. Os interessados podem inscrever propostas até o dia 2 de setembro de 2024.
As propostas selecionadas terão um financiamento global de R$10 milhões. Saiba mais sobre a iniciativa e confira o edital no site do CNPq.
A chamada pública também quer promover ações de educação, popularização e divulgação científica para diferentes tipos de público, alcançando amplos setores da sociedade, em articulação com especialistas, grupos e instituições que atuam nas áreas de educação, tanto formal quanto não formal (por exemplo: escolas, núcleos de extensão, museus, centros de ciências, zoológicos, jardins botânicos, aquários, centros de visitantes de unidades de conservação e organizações não governamentais).
Eixos e linhas temáticas
O edital apresenta três eixos temáticos centrais para apresentação das propostas:
- Gestão da Infodemia, que conta com as seguintes linhas temáticas: Desenvolvimento de novas estratégias e tecnologias para prevenção e enfrentamento da desinformação científica em saúde; Avaliação do movimento antivacina e hesitação vacinal; Avaliação do impacto da desinformação científica no âmbito da saúde pública; e Experimentos empíricos em comunicação estratégica de interesse público.
- Saúde, Sociedade e Desinformação, que conta com as seguintes linhas temáticas: Avaliação do mecanismo das mídias digitais e o seu impacto para a saúde de diferentes grupos populacionais; Análise da regulamentação das redes sociais e transparência na internet no âmbito da saúde.
- Tradução e Disseminação do conhecimento para enfrentamento à desinformação científica em saúde, que conta com as seguintes linhas temáticas: Literacia digital sobre saúde e capacidade de literacia científica; Produtos de comunicação para a prevenção e o enfrentamento à desinformação científica em saúde; Divulgação científica no combate à desinformação em Saúde; Estratégias de comunicação para evitar a iniciação e consumo de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs).
Saúde com Ciência em ação
O programa Saúde com Ciência, iniciativa interministerial de fortalecimento de políticas públicas e de combate à desinformação na área da saúde, teve papel fundamental na articulação da chamada pública. O edital está alinhado ao pilar 4 do programa – “Acompanhamento, Análise e Pesquisa”.
O uso de dados baseados em evidências científicas permite entender e avaliar a desinformação em relação às políticas públicas de saúde e, assim, montar estratégias mais adequadas para a realização do trabalho. Além disso, esses dados permitem responder, de maneira preventiva, aos efeitos negativos da rede de desinformação.
Investimento em ciência e tecnologia
O Ministério da Saúde anunciou, na última quarta-feira (31), a publicação de nove chamadas públicas de incentivo à pesquisa em saúde com investimento de R$ 234 milhões. O objetivo é promover atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação em saúde, além de implantar e recuperar infraestruturas institucionais de ciência, tecnologia e inovação.
Os editais são elaborados com foco nas prioridades de saúde do Brasil, abordando temas estratégicos e prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS). Ao longo da execução das pesquisas, os resultados serão apresentados aos gestores do Ministério da Saúde, para que políticas públicas sejam aprimoradas e para que a sociedade tenha acesso a novas tecnologias em saúde.
A iniciativa mostra a prioridade do Governo Federal em fortalecer e aprimorar políticas públicas em saúde baseadas na ciência, com as melhores evidências científicas disponíveis. As chamadas públicas promovem o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação em saúde, considerando os compromissos político, ético e técnico, que contribuem para a equidade em saúde e a sustentabilidade do SUS.