Tanto a Meta, detentora do Facebook e Instagram, como o Google, por meio do Youtube, facilitaram transmissões ao vivo da violência realizada pelos terroristas no último domingo (8). É o que concluiu a organização internacional SumofUs em relatório dedicado aos atos golpistas brasileiros e divulgado nesta quarta-feira (11).
Por meio do mapeamento e análise dos conteúdos divulgados nas redes sociais, os pesquisadores identificaram que, durante o episódio de violência, influencers extremistas realizaram transmissões ao vivo direto de Brasília, angariando milhares de visualizações, sem qualquer consequência vinda das plataformas.
Uma dessas lives, com duração de cinco horas, por exemplo, atingiu 600 mil acessos em menos de 24 horas. Conteúdos também repercutiram em outras redes sociais como Twitter, TikTok e Telegram. Em nenhuma delas, porém, os vídeos foram excluídos durante a invasão.
A ação das plataformas veio somente após decisão da Suprema Corte de suspender perfis de manifestantes golpistas, o que a organização classificou de resposta “perigosamente lenta”. Muitos desses conteúdos, como mostrou o *desinformante, ainda estavam no ar dois dias depois dos ataques.*
“Meta e Google anunciaram no dia após a invasão que eles iriam remover conteúdos pró-golpe das plataformas, provando que eles são tecnicamente capazes de agir para remover conteúdo violento. Porém, como pesquisadores e denunciantes têm mostrado repetidamente, executivos se recusam a implementar altos padrões de segurança e proteção”, apontou o relatório.
No ano passado, durante as eleições brasileiras, a mesma organização apontou em outros relatórios como as plataformas permitiram conteúdos extremistas e que questionavam o pleito eleitoral sendo compartilhados livremente no país.