Publicado originalmente em Nujoc Checagem por Thaís Guimarães. Para acessar, clique aqui.
Mais uma desinformação relacionada às vacinas contra covid-19 tem ganhado força na internet. Dessa vez, está em evidência as declarações de uma médica norte-americana que integra o movimento antivacina nos EUA.
O Nujoc Checagem recebeu do aplicativo Eu Fiscalizo a sugestão de análise de um material publicado no site brasileiro Tierrapura, que reproduziu trechos de uma entrevista da médica Sherri Tenpenny, que, dentre outros assuntos, afirmou que 30% das pessoas que tomaram a vacina vão morrer nos próximos meses.
O argumento da médica é que as pessoas vacinadas morreriam após uma “tempestade de citocina”, que seria uma resposta imunológica excessiva. No entanto, essa informação é equivocada, portanto, falsa.
Um artigo publicado no blog Microbiologando, administrado pelos professores doutores Patricia Valente e Tiago Veit, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explica que a “tempestade de ocitocinas” na realidade ocorre quando a pessoa é infectada pelo novo coronavírus, e não quando toma a vacina. O material também faz referências a um estudo sobre o tema publicado na revista do instituto de pesquisa Elsevier.
A Agência Lupa também checou o mesmo material e entrevistou o professor Aguinaldo R. Pinto, que reiterou o que foi dito acima sobre a “tempestade de ocitocina”.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem reforçando que até o momento não foram encontradas evidências de que a vacina contra covid-19 pode levar a morte.
Nossa equipe também investigou junto a agências de checagem dos EUA e constatou, por meio de um material divulgado no site Politifact, que a médica Sherri Tenpenny recentemente teve a conta banida no Facebook por espalhar disseminar falsas.