Publicado originalmente em Nujoc Checagem por Sane Araújo. Para acessar, clique aqui.
Em uma publicação feita na sua página do Instagram, Ricardo Arruda afirma que estudo da Oxford confirmou que a ivermectina diminui em 56% as mortes causadas pela covid-19, no post ele fala “segundo a pesquisa, a utilização do medicamento possibilita a recuperação clínica favorável do paciente e reduz a hospitalização.” ele também fala sobre tratamento precoce.
O presidente Bolsonaro (sem partido) citou em uma live no dia 08 de julho, que um estudo concluiu que a ivermectina teria um papel na redução da mortalidade de pacientes com covid-19, dando a entender que a pesquisa seria conclusiva. “Ivermectina reduz mortes por covid-19 em 56%, mostra estudo da universidade de Oxford. Mais cedo ou mais tarde, vai ser comprovado cientificamente o uso da ivermectina” afirmou o presidente, após isso vários apoiadores passaram a replicar a informação.
A ivermectina foi incluída na Plataforma de Ensaio Randomizado de Tratamentos para Epidemias e Doenças Pandêmicas. A Universidade de Oxford indicada como aprovadora do medicamento, apenas iniciou estudos clínicos no dia 23 de junho para testar a se a ivermectina funciona contra covid-19.
No início ano de 2021 a própria fabricante do fármaco, a farmacêutica norte-americana MSD (Merck Sharp and Dohme) informou que nenhum estudo realmente comprova a eficácia da ivermectina contra a covid-19 “Nós não acreditamos que os dados disponíveis apontam segurança e eficácia da ivermectina além das doses e populações indicadas na agência regulatória e aprovadas para prescrição” A Sociedade Paulista de Infectologia disponibilizou informações que comprovam que a ivermectina não é eficaz contra covid-19, “Revisão Sistemática mostra que a ivermectina não é efetiva para o tratamento da covid-19. A qualidade das evidências foi baixa para muito baixa para todos os desenlaces avaliados. Na imagem um resumo gráfico que destaca os aspectos e achados mais importantes do estudo”
O Nujoc Checagem já verificou outras informações sobre o tratamento precoce ou medicamentos não regulamentados contra covid-19, para mais informações clique aqui.