Especialistas esclarecem uso de vacinas em duas doses

Publicado originalmente em União Pró-Vacina por Thaís Cardoso. Para acessar, clique aqui.

Algumas vacinas, entre elas boa parte das que estão em uso atualmente contra a covid-19, são aplicadas em duas doses. Por que isso acontece? E que efeitos podem ocorrer se esse prazo for extrapolado? Essas são algumas das dúvidas que a última parte do especial sobre vacinas exibido pelo USP Analisa vai esclarecer. No programa desta semana, as entrevistadas são a professora universitária e apresentadora do podcast Escuta a Ciência! Letícia Sarturi Pereira e a biomédica e pós-doutoranda pelo Princess Margaret Cancer Centre de Toronto, no Canadá, Isabela Martins Gonzaga, que também é idealizadora do projeto de divulgação científica Pretty Much Science.

Segundo Letícia, o intervalo entre as doses é necessário porque a primeira dose demora um certo tempo para fazer efeito no sistema imunológico e aplicar a segunda dose antes do final desse processo seria ineficaz.

“A primeira dose vai ativar primeiro uma resposta imune meio inespecífica, depois vai especializando a resposta imune até produzir os anticorpos necessários para a gente ficar protegido. Quando chega a segunda dose, já teve essa produção de anticorpos, mas você precisa lembrar seu sistema imune. E aí ele produz um nível melhor de especialização dessa resposta e também vai produzir mais anticorpos, vai deixar a resposta imune mais robusta”, explica a professora.

Outra dúvida bastante comum entre a população é sobre o que vale a pena investir primeiro, em uma vacina ou em um tratamento para a doença. Isabela explica que o processo de desenvolvimento de novos medicamentos e o de novas vacinas são bastante semelhantes, mas as vacinas apresentam vantagens em seu uso, principalmente no caso de doenças infecciosas.

“Se você investe em tratamento para cura, os casos não diminuem, não acabam, eles continuam acontecendo. Então você precisa gastar com remédio, com equipe médica, com internação, com ventilação mecânica, com CTI e tudo isso é muito caro. Por mais que você procure um tratamento que leve à cura, você vai passar por esses processos de internação”, diz a biomédica.

A entrevista vai ao ar nesta quarta (7), a partir das 18h05, com reapresentação no domingo (11), às 11h30. O programa também pode ser ouvido pelas plataformas de áudio iTunes e Spotify
USP Analisa é uma produção conjunta do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP e da Rádio USP Ribeirão Preto. Para saber mais novidades sobre o programa e outras atividades do IEA-RP, inscreva-se em nosso canal no Telegram.

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