ESG: menos de um terço das empresas têm políticas de saúde e segurança para colaboradores na cadeia de suprimentos

Publicado originalmente em Agência Bori. Para acessar, clique aqui.

Highlights

  • Estudo analisa as práticas de recursos humanos de 106 empresas brasileiras que integram ranking de sustentabilidade
  • 79% das empresas possuem políticas de saúde e segurança relacionadas a colaboradores, mas o percentual cai para menos de um terço na aplicação dessas iniciativas à cadeia de suprimentos
  • Organizações também devem apostar na adoção de políticas de treinamento e desenvolvimento e na adesão a políticas relacionadas a diversidade e oportunidade

Entre as empresas brasileiras com  práticas em ESG, sigla que indica fatores de sustentabilidade nas organizações, 79% possuem políticas de saúde e segurança relacionadas a colaboradores, mas menos de um terço possui tais políticas relacionadas à cadeia de suprimentos. A implementação de equipe com foco nestas áreas pode contribuir para o bem-estar dos colaboradores e para melhoria no desempenho em ESG. É o que aponta estudo da pesquisadora da FGV EAESP Melissa Velasco Schleich publicado na Revista de Administração de Empresas nesta segunda (5).

 O artigo analisou os registros das 106 empresas brasileiras disponíveis no sistema Refinitiv ESG scores, que reúne informações de domínio público, referentes ao período de 2015 a 2019. Foram avaliadas 11 métricas sob a categoria de colaboradores, que transpassam a dimensão “S” do ESG (Ambiental, Social e Governança). O levantamento aponta quais políticas e práticas em recursos humanos são mais utilizadas nessas organizações de diferentes setores. As empresas mais bem colocadas no ranking correspondem a cerca de ¼ da amostra e possuem políticas relacionadas a colaboradores nas áreas de saúde e segurança, treinamento e desenvolvimento, além de diversidade e oportunidade.

 “De acordo com a nossa análise, grande parte das empresas nos níveis mais altos de ESG já incorporaram políticas formais nos temas de gestão de pessoas, pautadas por maior grau de conscientização e bem-estar do colaborador. No entanto, ainda parece haver um caminho relevante a ser percorrido para que as práticas advindas de tais políticas sejam efetivamente incorporadas à gestão”, afirma Melissa Velasco Schleich.

O conceito de ESG está relacionado à tomada de consciência por parte da empresa dos impactos que ela gera e das ações que pode tomar sobre eles. Além de priorizar saúde e segurança no trabalho, o artigo ressalta que os gestores devem considerar a adoção de políticas de treinamento e desenvolvimento e a adesão a políticas relacionadas à diversidade e oportunidade.

A autora explica que as práticas de sustentabilidade e ESG ainda são recentes, e o estudo busca orientar empresas, profissionais e gestores sobre potenciais oportunidades de implementação de políticas e práticas na área. “Adicionalmente, apesar do crescente interesse pela interconexão entre os princípios e práticas da gestão de recursos humanos das empresas e a gestão da cadeia de suprimentos, esta relação mostra-se ainda distante, tanto na existência de políticas (de saúde e segurança, por exemplo) quanto na aplicação efetiva de práticas, como treinamento ou implementação de melhorias”, completa a pesquisadora da FGV EAESP.

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