Publicado originalmente em Agência Lupa por Gabriela Soares. Para acessar, clique aqui.
Circula pelas redes sociais a informação de que uma senhora, conhecida por fazer orações na porta do Quartel-General (QG) do Exército em Brasília, teria falecido em 21 de março de 2023. As postagens também informam que ela havia ficado presa durante 52 dias após os atos golpistas na capital federal em 8 de janeiro. Por meio do ?projeto de verificação de notícias?, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa?:
“Morre a terrorista, fascista, cruel…. Dona Ivanilda, que foi presa no dia 08/01/23, e ficou detida por 52 dias… A arma que portava, UMA BÍBLIA!”
– Texto em post que circula nas redes
Falso
A informação analisada pela Lupa é falsa. Na realidade, a senhora conhecida como irmã Ilda está viva, confirmou o pastor Claudemir Gomes Isaías, da Assembleia de Deus Ceilândia Norte, em mensagem enviada à Lupa nesta segunda-feira (3). É ela quem aparece em um vídeo viral que circula desde o início de janeiro, no qual afirmava ir até o QG diariamente para orar. Na ocasião, ela se identificou como Ilda, e não Ivanilda.
Também é falso que ela tenha sido detida pela Polícia Federal por 52 dias após os ataques golpistas às sedes dos três poderes. Não foi encontrada nenhuma “Ilda”, “Hilda” ou “Ivanilda” na lista de detidos nos atos de 8 de janeiro atualizada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal.
No dia 28 de março, o senador Magno Malta (PL), publicou um vídeo no Instagram em que a própria Ilda desmentiu as falsas alegações sobre seu falecimento. “Meu nome é Ilda e estou gravando esse vídeo para dizer que estou viva”, declarou.
Registros recentes, feitos em 20 e 27 de março de 2023, também mostram a senhora em eventos da igreja.
Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que conteúdos do gênero circulam na internet. Em janeiro, o mesmo boato circulou nas redes. Dois dias após a depredação em Brasília, Ilda já aparecia em um vídeo em que negava seu falecimento. À época, veículos como AFP Checamos e Aos Fatos também desmentiram a história.
Este conteúdo também foi verificado por Boatos.org.