É falso que MC Reaça teve ‘morte encomendada’ após gravar música criticando STF

Publicado originalmente em Agência Lupa por Evelyn Fagundes. Para acessar, clique aqui.

Verificamos um vídeo que sugere que MC Reaça teria sido assassinado por “encomenda” após gravar uma música com críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). É falso.

A mensagem que circula no WhatsApp relaciona, em tom conspiratório, a morte do cantor Tales Alves Fernandes a um clipe musical em que chama Corte de “vergonha nacional”. Por WhatsApp, leitores sugeriram que o conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa?:

Cantor que cantou a música reconhecendo as características do STF, foi encontrado morto. SUICÍDIO JAMAIS, FOI ENCOMENDA. REPASSEM ATÉ O EXTERIOR. Mataram o cara, agora vamos fazer o mundo todo conhecer essa música

– Mensagem que acompanha o vídeo que circula no WhatsApp

Falso

MC Reaça não foi assassinado, como sugerem as publicações. Na realidade, o cantor cometeu suicídio, concluiu a Polícia Civil de São Paulo. Em 1º de junho de 2019, o corpo de Fernandes foi encontrado em um trecho da Rodovia Dom Pedro (SP-065) em Valinhos (SP). Preliminarmente, a Polícia Militar já havia verificado sinais de suicídio. 

Após investigar o caso, a causa da morte foi confirmada pela Polícia Civil. “A Polícia Civil informa que o 1° DP de Valinhos instaurou inquérito policial, que foi arquivado a pedido do Ministério Público, após ter sido constatado o suicídio”, afirmou a instituição em nota encaminhada à Lupa.

De acordo com as investigações, no mesmo dia em que tirou a própria vida, MC Reaça teria agredido uma mulher com quem mantinha um relacionamento. Ela ficou internada durante 12 dias no hospital e teve diversos ossos do rosto quebrados.

Fernandes tinha 25 anos e se notabilizou ao gravar músicas em apoio ao então candidato à Presidência Jair Bolsonaro em 2018. Após sua morte, o então presidente publicou uma mensagem nas redes sociais prestando condolências à família.

O clipe de MC Reaça apresentado na peça desinformativa segue disponível no YouTube — contrariando a informação de que ministros do STF teriam mandado retirar o conteúdo do ar.

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