Publicado originalmente em Agência Lupa por Catiane Pereira. Para acessar, clique aqui.
Circula pelo WhatsApp uma imagem afirmando que o “jornal italiano” Ansa não teria confirmado as agressões sofridas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e seu filho no aeroporto internacional de Roma, na Itália, na última sexta-feira (14). De acordo com a publicação, a notícia da agressão foi corrigida pelo veículo. É falso.
Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação?:
CORREÇÃO – JORNAL ITALIANO ANSA NÃO CONFIRMA AS AGRESSÕES SUPOSTAMENTE AO MINISTRO DO STF E STE O jornal Italiano ANSA corrigiu a informação, não confirma ou nega a agressão, mas agora afirma que a notícia é baseada no que informa o próprio #AM e a Policia Federal Brasileira
– Legenda de imagem que circula pelo WhatsApp
Falso
A Ansa é uma agência de notícias italiana, não um jornal. O site da empresa no Brasil mantém a informação de que o ministro do STF Alexandre de Moraes foi agredido por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália. Além disso, em nenhum local da página existe algum aviso de correção. Em nota, a Ansa Brasil confirmou que não houve nenhuma mudança no texto original.
O segundo parágrafo da reportagem, que está sendo destacado nas publicações que circulam pelas redes sociais, apenas cita que o filho de Moraes teria sido agredido por um homem identificado como Roberto Mantovani “segundo a imprensa brasileira, citando interlocutores da Polícia Federal e do Ministério da Justiça”. Isso não é uma correção, mas uma forma usada pelos jornalistas para citar as fontes da informação.
Captura de tela do jornal Ansa, realizada no dia 17/07.
Moraes e familiares foram hostilizados por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma na última sexta-feira (14). O ministro estava na Itália para fazer uma palestra na Universidade de Siena. Seu filho, o advogado Alexandre Barci de Moraes, de 27 anos, participava da viagem e teria sido agredido por um dos envolvidos.
A Polícia Federal foi acionada e instaurou inquérito para apurar o ocorrido. Os suspeitos, que são quatro integrantes de uma família de Santa Bárbara d’Oeste, cidade do interior de São Paulo, negam as agressões e ofensas realizadas contra o ministro e seu filho.