Publicado originalmente em Nujoc Checagem por Sane Araújo. Para acessar, clique aqui.
Ainda no ano de 2020 foi aprovado na Bolívia um projeto de lei que permite a utilização de dióxido de cloro no tratamento de pacientes com covid-19. Em entrevista feita pela Unitel, a Dra. Patrícia Callisperis argumenta sobre a eficácia de pacientes tratados com o dióxido de cloro, como uma forma de prevenção para que esses não entrem num estado grave da doença. Durante o vídeo, Adrian Oliva, governador de Tarija-BO, fala que tiveram resultados positivos com o uso do produto em pacientes infectados com a covid-19.
O dióxido de cloro é recomendado para auxiliar na desinfecção e controle no tratamento de fermento, viabilizando a diminuição do volume de ácido sulfúrico e antibióticos e nunca foi utilizado como medicação ou para consumo direto da população pelos riscos que traz à saúde.
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas se posicionou contra a utilização de quaisquer tipo de cloro como tratamento para covid-19, “A Opas não recomenda o uso oral ou parenteral [injeção] de produtos à base de dióxido de cloro ou clorito de sódio para pacientes com suspeita ou diagnóstico de covid-19 ou a qualquer outra pessoa. Não há evidências sobre sua eficácia e a ingestão ou inalação desses produtos pode causar sérias reações adversas” afirma a organização.
O dióxido de cloro é gás tóxico que já causou alguns óbitos em vários países, na Bolívia não causou tantas mortes pois a população foi orientada pelos médicos locais para não realizarem a utilização da substância, esses que qualificaram a criação de leis permitindo o uso do dióxido como algo totalmente irresponsável do parlamento local.
O Nujoc checagem já verificou outras informações sobre tratamentos precoces no combate a covid-19, para ver mais informações clique aqui.