Dicas para driblar a desinformação em tempos de guerra

Publicado originalmente em *Desinformante. Para acessar, clique aqui.

Durante ataques terroristas, guerras, conflitos, emergências e desastres, o ecossistema de informação online pode ser difícil de navegar. O Centro de Combate ao Ódio Digital organizou um guia com dicas de como evitar a propagação de desinformação, ficar mais resiliente a conteúdos falsos e enviesados e também adotar alguns cuidados diante de tantos conteúdos sensíveis.

Em seguida, traduzimos e sintetizamos algumas recomendações que consideramos mais importantes para navegar neste ambiente de tanta incerteza e violência. Mas você pode ler o conteúdo original na íntegra (em inglês) aqui.

1 – Se você não consegue verificar se as informações são corretas e legítimas, então não as compartilhe.

2 – Não compartilhe conteúdo perturbador. Algumas pessoas partilham vídeos angustiantes de violência para realçar o seu horror face ao que tem acontecido. Embora o sentimento possa ser bem-intencionado, pode ajudar a divulgar conteúdo que muitas vezes é feito com motivos ocultos ou com fins de propaganda. As vítimas não terão dado consentimento para serem filmadas ou fotografadas, portanto, não compartilhe. Se você quiser aumentar a conscientização, escreva sobre o que está vendo.

3 – Sempre verifique a fonte e a autenticidade das informações que você está compartilhando da melhor maneira possível. Cruze fatos com meios de comunicação confiáveis ​​para confirmar a veracidade do conteúdo. As redes sociais não são uma forma confiável de confirmar a exatidão, uma vez que são muito mais propensas a conter desinformação do que os principais meios de comunicação social, que estão sujeitos a códigos de conduta profissionais, e podem ser responsabilizados nos termos da lei por danos.

4 – Verifique datas e contexto. Antes de compartilhar qualquer conteúdo relacionado à crise atual, verifique a data de publicação e certifique-se de que o contexto é atual. Filmagens ou imagens antigas podem ser enganosas e muitas vezes circulam em momentos de caos informativo, quando ocorre uma crise.

5– Seja cético em relação a relatos de não especialistas. Tenha cuidado ao compartilhar conteúdo de contas de mídia social anônimas ou não verificadas. Jornalistas respeitáveis ​​ou organizações de notícias estabelecidas são fontes de informação mais confiáveis.

6 – Seja cético em relação à IA ou imagens manipuladas. Imagens, áudio e vídeo feitos a partir de Inteligência Artificial agora podem ser gerados facilmente por qualquer um. Algumas coisas que você vê online podem ser falsas ou geradas por ferramentas de IA.

7 – Evite compartilhar relatórios não confirmados. Não amplifique informações, rumores ou teorias de conspiração não verificadas ou não confirmadas. Aguarde declarações oficiais ou fontes de notícias confiáveis ​​para relatar a situação.

– Denuncie informações falsas. Se você encontrar conteúdo que pareça falso ou enganoso, denuncie-o à plataforma como conteúdo potencialmente prejudicial.

9 – O Twitter não é a plataforma que costumava ser. Perfis verificados, antes marca de autenticidade para repórteres e organizações de notícia, agora são vendidos para qualquer pessoa. Além disso, as equipes de segurança da informação da plataforma foram demitidas ou reduzidas.

10 – Não alimente os trolls. Eles se multiplicam em tempos de crise online, levantando teorias da conspiração, glorificação da violência, incitando a audiência a tomar partido.

Como praticar o autocuidado:

1 – Estabeleça limites e faça pausas

Limite sua exposição a conteúdos perturbadores e evite atualizar constantemente seu feed de mídia social. Afaste-se periodicamente das redes sociais, especialmente em tempos de crise, e estabeleça períodos específicos e limitados em que você fará check-in nas redes sociais. Talvez faça uma pausa completa nas redes sociais durante a crise ou limite suas contas para serem abertas apenas a amigos e familiares. Evite a exposição a conteúdos angustiantes quando estiver se sentindo cansado ou deprimido, ou quando estiver sozinho, sem ninguém com quem conversar.

2 – Converse com amigos e converse com seus filhos

Se você achar o conteúdo angustiante, discuta seus sentimentos com um amigo ou familiar de confiança. Às vezes, compartilhar suas preocupações pode ajudar a aliviar o estresse. Nossos filhos também estão nas redes sociais. Reserve um momento para conversar com seus filhos sobre o que eles estão vendo nas redes sociais e online. Converse com eles sobre os pontos deste artigo e ajude a contextualizar o que eles podem ver.

– Procure ajuda profissional

Se você estiver lutando para lidar com as imagens e informações angustiantes, considere falar com um profissional de saúde mental.

Compartilhe:

Share on whatsapp
Share on twitter
Share on facebook
Share on email
Share on linkedin
Share on telegram
Share on google
Language »
Fonte
Contraste