Desenrola: nome limpo para o povo brasileiro

Publicado originalmente em Brasil de Fato por Alencar Santana. Para acessar, clique aqui.

Programa do governo Lula significa mais cidadania, com o restabelecimento do direito de acessar linhas de crédito

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou o Brasil de novo no rumo certo. Os resultados, em sete meses, são palpáveis, e o povo brasileiro já pode vislumbrar um futuro melhor. Entre inúmeras ações para reconstruir o Brasil e resgatar a esperança está o Desenrola Brasil, que em apenas duas semanas limpou o nome de mais de 3,5 milhões de brasileiros com registros negativos em serviços de restrição de crédito, com dívidas bancárias de até R$ 100,00. 

Ao cumprir a promessa feita na campanha do ano passado, de renegociação das dívidas da população, em especial a de renda mais baixa, permitindo a amplos segmentos sociais a volta ao mercado de crédito, Lula mostra que o governo atual – ao contrário do anterior – se destaca pelo trabalho, pela competência e pelo respeito ao povo brasileiro. 

O Desenrola Brasil é um extraordinário avanço, já que o resultado é imediato na vida das pessoas. Quem deve poderá limpar o nome em serviços como Serasa e SPC. Isso significa mais cidadania, com o restabelecimento do direito de acessar linhas de crédito, para a compra de bens que melhoram a qualidade de vida. Um contingente de milhões de pessoas alijadas do mercado de crédito pelo governo passado agora pode restabelecer um mínimo de dignidade.  

Essas famílias, que consumiam o mínimo necessário à sobrevivência, agora retornam ao mercado, afetando positivamente as atividades econômicas, propiciando condições de impulso à geração de emprego e renda. Não é pouca coisa: estamos falando de, potencialmente, um terço da população brasileira com a situação creditícia normalizada. Em dezembro passado, o Brasil contava com 70 milhões de pessoas negativadas.   

Entretanto, para garantir o atendimento do maior número de pessoas será crucial contar com a cooperação mais ativa do sistema financeiro e outros credores. As diferentes instituições de crédito, a rigor, já recuperaram o principal dos empréstimos concedidos, com os exorbitantes juros cobrados. Assim, podem dar agora uma forte redução no valor cobrado para que os endividados possam honrar seus compromissos e terem seus nomes limpos na praça. 

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Governo neofascista

É importante ressaltar que a situação catastrófica a que foram levados milhões de brasileiros foi gerada pelo governo militarista passado. Bolsonaro e seus ministros ficaram de costas para o povo, preferindo atuar em defesa de milionários, bilionários e especuladores do mercado financeiro, tanto nacionais como estrangeiros. Crueldade institucionalizada. 

O endividamento da população chegou a um nível tão desesperador que milhares de famílias se endividaram para efetuar despesas básicas do dia a dia, como compras de supermercados. É fácil imaginar o drama familiar nos lares onde criaram-se dívidas para compras corriqueiras, num cenário em que, por culpa de Bolsonaro, a população sofreu com arrocho salarial, desemprego, desesperança, entre tantos outros problemas. 

Taxa de juros

O Desenrola Brasil impulsionará a economia, mas incontestavelmente o incremento ao desenvolvimento só deslanchará quando o Brasil deixar de ter a criminosa taxa de juros decretada pelo Banco Central, a maior do planeta. O país precisa de crédito mais barato, beneficiando os mercados de bens de capital, de consumo e imobiliário. A política antinacional do BC inviabiliza investimentos públicos e privados e também inibe as compras dos consumidores.

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Contudo, mesmo com a sabotagem do BC, o Brasil tem avançado. Conseguimos trazer de volta, por exemplo, o Mais Médicos, o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família, a valorização do salário mínimo. Aprovamos leis para garantir a segurança e a promoção das mulheres brasileiras. 

Temos, também, de reduzir os juros do cartão de crédito. Fazer o Desenrola, garantir dinheiro público para as pessoas limparem seus nomes e assegurar ao credor o seu crédito, sem reduzir os juros do cartão, é tapar o sol com a peneira. Uma coisa está ligada à outra e queremos tratar disso no projeto de lei (PL) 2685/22, que limita os juros do crédito rotativo dos cartões, do qual sou relator.  

O fato é que o Índice de Confiança do Consumidor subiu 2,5 pontos em julho, indo a 94,8 pontos, o maior patamar desde janeiro de 2019. Isso significa que a cada dia os brasileiros têm convicção de que sua vida tem melhorado. Quando o governo trabalha, a população confia mais no futuro. Lula é o cara!  

* Alencar Santana é deputado federal (PT-SP) e vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Rodrigo Chagas

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