Publicado originalmente em Nujoc Checagem por Fabrício Campos. Para acessar, clique aqui.
Desde o final do mês de novembro até o início de dezembro, os países do continente americano têm apresentado crescimento nos números de casos e óbitos da Covid – 19.
As atividades econômicas e religiosas já estão em funcionamento sem lockdown há pelo menos dois meses, ao mesmo tempo em que os casos voltaram a crescer após uma queda gradual entre os meses de julho e setembro.
Neste cenário, restaurantes, igrejas e outros locais adotaram medidas de segurança como distanciamento e obrigatoriedade do uso de máscaras.
Estas medidas, no entanto, ainda são criticadas por setores conservadores. Recebemos do Eu Fiscalizo uma postagem do deputado paranaense Paulo Martins, do PSC, que comemora a queda de restrições a eventos religiosos no estado norte americano de Nova York.
O post traz uma notícia da Folha de São Paulo sobre uma determinação do governador Andrew Cuomo de restringir o número de pessoas em templos religiosos. Essa medida foi derrubada pela suprema corte americana com um voto decisivo da juíza Coney Barrett, indicada por Donald Trump.
De acordo com a notícia, é mais importante “garantir a liberdade de culto”, conforme a constituição americana, do que controlar o aumento de casos da Covid-19 no estado.
O deputado brasileiro classifica o governador americano como “esquerdista” e comemora o funcionamento dos templos. É comum políticos e outras autoridades conservadoras se oporem a medidas de controle contra o novo coronavírus, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que as classificam como “esquerdistas”.
Ou seja, as medidas de controle da pandemia passam a ser tidas como disputras políticas entre conservadores e autoridades de saúde. Na cidade de Nova York, por exemplo, judeus ortodoxos protestaram com uma queima de máscaras contra as medidas preventivas propostas por Cuomo.