Publicado originalmente em Nujoc Checagem. Para acessar, clique aqui.
Uma pesquisa recentemente lançada pelo JCOM-Journal of Science Communication e realizada por Ana Carolina Monari, Allan Santos e Igor Sacramento do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Saúde da Fiocruz, procurou identificar nas narrativas semanais do Presidente Jair Bolsonaro marcas que possam influenciar seus seguidores e convencê-los a utilizar medicamentos contestados pelo campo cientifico, dentre outras coisas.
Segundo os autores, “Jair Bolsonaro contesta a verdade da ciência para convencer a população de que essas drogas podem salvar vidas, preservar empregos e restaurar o crescimento econômico”.
Os pesquisadores se apoiaram na teoria de Charaudeau sobre Pathos e discurso político, como processo metodológico procurando compreender como o populismo de direita incorporou a comunicação vinculada a uma pretensa pós-verdade, como característica distintiva da política contemporânea.
A análise foi estruturada em cima dos três temas mais reincidentes nas falas do Presidente, qual sejam: atrasos no questionamento por insistência no método cientifico, a supervalorização das experiências pessoais e a ênfase na liberdade de escolha dos indivíduos. Por outro lado, para observar também os cenários discursivos que Jair Bolsonaro prepara para produzir os efeitos pretendidos na audiência, os pesquisadores procuraram identificar a partir dos indícios discursivos que indicavam: 1.esperança e urgência, 2.confiança e desconfiança e por fim, liberdade e polarização.
O artigo completo pode ser acessado neste link : COVID-19 and (hydroxy)chloroquine: a dispute over scientific truth during Bolsonaro’s weekly Facebook live streams (sissa.it)