CORONAVAC: 50,38%, 78% ou 100%? Infectologista Carlos Henrique Nery Costa explica sobre a eficácia da vacina diante de boatos e fake news

Publicado originalmente em Coar Notícias por Marta Alencar. Para acessar, clique aqui.

Diante da repercussão do novo anúncio nesta semana da taxa de 50,38% de eficácia global da  vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan em relação ao que foi divulgado na semana passada da taxa de 78% de proteção para casos leves e moderados fez com que muitas pessoas duvidassem ou questionassem sobre a eficácia da vacina chinesa, principalmente gerando memes ou sátiras sobre os percentuais apresentados. A COAR explica as diferenças dos dados em questão:

COAR entrevistou o infectologista Carlos Henrique Nery Costa, que garantiu que a Coronavac é a melhor vacina no momento para o Brasil. Além disso o médico explicou sobre os percentuais que estão confundindo muitos brasileiros sobre a eficácia do imunizante chinês. “Mede-se a eficácia da vacina através de estudos comparativos entre pessoas que tomam o imunizante e outras que não tomam. Mede-se a incidência da doença nos dois grupos ao longo do tempo. O estudo mostrou que o grupo vacinado teve a metade da incidência da doença leve do que o grupo não vacinado. Mostrou que essa vantagem é só para 78% quando a doença é moderada e a proteção foi de 100% da doença grave. Ou seja, a vacina é muito eficaz. Os estudos vão variar de um lugar pro outro por diversas circunstâncias. Mas a vacina é excelente e está disponível e a metodologia é segura e bastante conhecida e as condições de armazenamento são ótimas. Vamos tomar a Coronavac, pois o melhor cenário é tomar tal vacina e o pior é não tomá-la”, declarou.

estudo da eficácia da vacina foi feito com 13.060 voluntários, todos profissionais da saúde, uma população muito exposta à doença. Metade do grupo tomou a vacina CoronaVac e a outra parte recebeu placebo. Desde o início do ensaio, em julho, 252 pessoas foram infectadas com covid-19 —167 do grupo placebo e 85 entre os vacinados. Se não houve nenhum caso no grupo vacinado, isso configura em uma eficácia de 100% para evitar casos graves, moderados, internações e mortes pela doença – conforme informações destacadas na matéria do site Uol.

Para as infecções que foram leves, ou seja, quando pessoa apresentou poucos sintomas de Covid-19 e recebeu algum tipo de assistência médica, mas não precisou de internação, houve sete casos no grupo vacinado e 31 no grupo de placebo. Isso significa que a eficácia é de 78%. Esse número é calculado com os 252 casos de pessoas que adoeceram dos dois grupos (o placebo e o vacinado), com qualquer gravidade da doença, na qual a proteção foi de 50,38%.

Além disso, o infectologista Carlos Henrique Nery Costa já havia explicado em checagem da COAR, que o chá de boldo não combate os sintomas provocados pelo novo coronavírus — a preparação caseira costuma ser usada para tratar problemas gastrointestinais e ressacas. Dr. Carlos Henrique Nery Costa ressalta que todo remédio ou medicamento deve seguir evidências científicas. O médico ainda reforça que é importante as pessoas evitarem confiar em informações que recebem nas redes sociais. “Elas devem ler informações com comprovação científica”. 

A COAR ressalta que ao receber uma mensagem duvidosa, desconfie e não forneça seus dados antes de ter certeza de que é verdadeira. Qualquer dúvida nos contate pelo nosso WhatsApp (86) 99517-9773 ou pelo Instagram (@coarnoticias).

Referências da COAR:

Uol

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