Publicado originalmente em Fiocruz. Para acessar, clique aqui.
O canal Cidades em Movimento, da Coordenação de Cooperação Social da Presidência Fiocruz (CCSP), apresenta amanhã (28) o encontro “O Direito Humano à Água é Para Todos?”, a partir das 15 horas. O debate faz parte da comemoração do Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22 de março e é organizado pela Rede de Vigilância Popular em Saneamento e Saúde, com apoio do projeto de Promoção de Territórios Saudáveis e Sustentáveis em Centros Urbanos (PTSSCU/CCSP), e será transmitido ao vivo a partir das 15h.
A Rede opera com o entendimento da água como bem fundamental para a vida do planeta, sendo a sua conservação necessária e urgente; com acesso de qualidade para todos, sobretudo para as populações vulnerabilizadas, e garantia de uma gestão democrática dos recursos hídricos e dos sistemas de saneamento. O encontro apresentará ações da sociedade civil do Rio de Janeiro que apontam caminhos para um horizonte saudável no cuidado e governança das águas.
O evento conta com a participação de Adriana Sotero, bióloga, pesquisadora titular do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental (Ensp/Fiocruz); Victória Alves, geógrafa, coordenadora do projeto CocôZap (DataLabe); Rejany Ferreira, geógrafa, membro do Observatório da Bacia Hidrográfica do Cabal do Cunha e da Cooperação Social da Fiocruz; e Gisele Moura, cientista ambiental, co-coordenadora na Rede Favela Sustentável.
A Rede de Vigilância Popular em Saneamento e Saúde foi criada em 2022, após intenso processo de resistência social à concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) à iniciativa privada, ocorrida em 2021. Ao longo deste processo, diferentes organizações da sociedade civil, instituições, movimentos sociais, coletivos, entidades acadêmicas, partidárias e apartidárias mobilizaram-se contra a mercantilização da água e do saneamento e pelo seu reconhecimento como um Direito Humano e Bem Comum.
Os objetivos da Rede são:
? Apresentar à sociedade informações de que a concessão à iniciativa privada não garantirá a universalização do serviço de saneamento, disputando a narrativa de que são as empresas privadas que solucionarão os problemas;
? Desenvolver processos de formação política que conectem saberes acadêmicos e populares e contribuam para agenda de reconstrução democrática do país;
? Desenvolver práticas inovadoras na área de participação e controle social;
? Conectar diferentes sujeitos coletivos que sofrem violações de direitos nos territórios e cidades, buscando alternativas para enfrentá-los;
? Incidir sobre as corporações privadas do setor de saneamento atuantes no Rio de Janeiro.
? Garantir acesso ao sistema de justiça para parcela da população que vem tendo o Direito Humano à água violado;
? Fazer incidência política sobre o legislativo e o executivo para implementação de políticas de adaptação e mitigação climática.
Debate “O Direito Humano à Água é Para Todos?”
Realização: Rede de Vigilância Popular em Saneamento e Saúde
Apoio: Projeto de Promoção de Territórios Saudáveis e Sustentáveis em Centros Urbanos da Coordenação de Cooperação Social da Fiocruz
Data: 28/03
Horário: 15h
Link para transmissão