Caso Fabiane Maria de Jesus: desinformações podem até matar inocentes

Publicado originalmente em Coar Notícias por Marta Alencar. Para acessar, clique aqui.

Em maio de 2014, a Fabiane Maria de Jesus, mãe de duas crianças, foi confundida com uma suposta sequestradora de crianças para rituais de magia negra, amarrada e agredida por centenas de populares, no litoral de São Paulo. Após dois dias internada no hospital, Fabiane não resistiu aos ferimentos e, morreu por causa de uma fake news.

Na época, a página no Facebook Guarujá Alerta publicou informações sobre “uma mulher que está raptando crianças para realizar magia negra”, supostamente na região. Além da frase “se é boato ou não devemos ficar alerta”, o administrador postou imagens: um retrato falado (associado a um crime cometido no Rio, em 2012) e a foto de uma mulher loira, que tampouco tinha a ver com o caso.

Naquele ano, não houve denúncia de sequestro de crianças em Guarujá para os órgãos competentes do município, o que torna o caso mais trágico. Ou seja, a informação foi totalmente inventada. O caso de Fabiane é o primeiro de maior repercussão no Brasil em que boatos pela internet promoveram a morte de uma inocente. Oito anos depois, o caso ainda ecoa pelo país.

Apenas três acusados de terem participado da morte da dona de casa Fabiane Maria de Jesus foram condenados a 40 anos de prisão, e outro a 26 anos de reclusão, em 2017.

A COAR foi fundada com o sentimento de ajudar milhares de pessoas no Nordeste ou em qualquer lugar no mundo a não serem vítimas de uma desinformação como no caso de Fabiane Maria de Jesus. Ela sempre foi e será a nossa inspiração para lutar em prol de inocentes e das suas filhas, que não merecem conviver com a ausência da mãe.

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