Publicado originalmente em Coar Notícias por Marta Alencar. Para acessar, clique aqui.
No domingo (17), em São Paulo ocorreu a primeira aplicação da dose da CoronaVac com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do uso emergencial da vacina contra a Covid-19, mas em seguida proliferaram áudios, vídeos e postagens distorcendo sobre a eficácia da vacina chinesa em grupos de WhatsApp. Um deles é um áudio de uma teresinense que alerta, sem qualquer fundamento científico, boatos contra a vacina. A COAR checou cada um dos pontos colocados no áudio pela usuária em questão.
No áudio, a usuária afirma que se chama Tânia e é de Teresina. Ela alerta que com base nas teorias conspiratórias do juiz Oscar Anibal Chiappano (existem informações contraditórias sobre o juiz na internet), que as pessoas não devem tomar a vacina, porque o imunizante teria o RNA e que onde tem a internet 5G, a pessoa que foi vacinada poderia morrer caso o sinal do 5G fosse desligado. Mas a informação não procede. É importante compreender que a vacina Coronavac, da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech e do Instituto Butantan, é elaborada usando o próprio vírus inativado (morto), ou seja, usa vírus inativados, que foram expostos em laboratório a calor e produtos químicos para não serem capazes de se reproduzir.
A COAR ressalta que a vacina Astrazeneca, a da Fiocruz, usa um outro vírus, que é inofensivo, para levar apenas informações genéticas do coronavírus. E a Coronavac, a do Butantan, usa o coronavírus, mas inativado, sem a capacidade de se replicar no organismo, conforme especialistas em reportagem do G1.
Além disso, o Exército Brasileiro não fará qualquer intervenção no uso das vacinas, até porque o próprio presidente Jair Bolsonaro que sempre criticou a vacina chinesa declarou nesta segunda-feira (18), que a vacina é “do Brasil, não é de nenhum governador”. Vale lembrar que o presidente já vinculou diversas vezes a CoronaVac ao governador de São Paulo, chamando o imunizante inclusive de “vacina chinesa do João Doria”.
Termômetros na testa queimam os neurônios?
O site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia alertado no ano passado que é falsa a informação de que o uso de termômetros infravermelhos direcionados para a testa pode fazer mal ao ser humano, em especial à região da glândula pineal. A glândula tem função de produção e regulação de hormônios e fica localizada próximo ao tálamo e hipotálamo, na parte mais central do cérebro.
O órgão ainda ressalta que a radiação infravermelha é um tipo de luz, num espectro que não é visível ao ser humano, emitido por todo corpo quente. Os termômetros infravermelhos, destes usados para medição de temperatura corporal em avaliação clínica médica de pacientes ou para triagem de pessoas em estabelecimentos comerciais, usa um sensor passivo para detectar a radiação infravermelha emitida pelo calor do corpo. O termômetro não emite radiação, ele somente detecta a radiação emitida pelo corpo.
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Referências da COAR: