Publicado originalmente em Pretty Much Science. Para acessar, clique aqui.
Vacinas estão entre os principais desenvolvimentos biotecnológicos da história humana. Ao invés de focar no tratamento de indivíduos afetados por uma certa doença – como fazem os medicamentos – vacinas previnem o contágio por patógenos específicos.
Resumidamente, vacinas são baseadas na administração de pequenos fragmentos de parasitas (antígenos) à uma pessoa com o intuito de estimular seu sistema imune e criar uma resposta defensiva sem submeter o indivíduo a um perigo real.
Alternativamente, um parasita inteiro pode ser usado em vacinas se modificado (atenuado). Neste caso, o patógeno não causa qualquer perigo à pessoa, mas ainda pode ser reconhecido pelo sistema imune e ativar uma resposta preventiva.
Como uma pessoa vacinada raramente adoecerá ou manifestará sintomas debilitantes, vacinas permitem à população mover com sua vida quase como que ignorando a doença. Em termos práticos, é como se o parasita (e a doença) nem sequer existissem. Felizmente, diversas vacinas bem-sucedidas foram desenvolvidas e usadas globalmente.
Como resultado, seria possível esquecer-se de seus benefícios ou do quão crítico o seu uso realmente é para as nossas vidas. Algumas doenças, como PÓLIO, TÉTANO, RUBÉOLA, SARAMPO, CAXUMBA, e CATAPORA, podem ser listadas como “quase esquecidas” graças às vacinas. Ainda assim, apenas a VARÍOLA, foi globalmente erradicada de acordo com a OMS.
A eliminação local de uma doença não evita sua reintrodução futura. Por exemplo, o SARAMPO não é mais observado nas Américas ou na Finlândia, demonstrando a possibilidade de sua erradicação global. Por outro lado, enquanto a Botswana se viu livre da PÓLIO desde 1991, novos casos foram reportados em 2004 após a importação do vírus da Nigéria.
Vacinas são grandes atores no sistema de saúde para o controle da mortalidade, morbidade e de muitas complicações associadas a doenças infecciosas. Estimativas sugerem que quase 6 milhões de mortes são prevenidas mundialmente pela vacinação.
By Adilson Teixeira, PhD Student and Health Sciences Executive Editor.