A memória como uma Mercadoria Cultural e o Esquecimento do Público

Publicado originalmente em instagram de LEPCOM. Para acessar na íntegra clique aqui.

Para você que assistiu ou vai assistir nossa live do dia 19/11/21, gravada em nosso feed, apresentamos um ponto abordado na conversa.

@rosanekaminski , com base nas reflexões de Andreas Huyssen na obra Cultura do Passado Presente, apresentou algumas considerações sobre a ideia da memória como mercadoria em contexto de obsessão pelo passado, parte da recriação das identidades sociais em tempos de crise. Um dos resultados desta obsessão é a profusão de memoriais

Os memoriais são construções arquitetônicas destinadas à preservação ou à celebração de algum evento ou personagem histórico, buscando afirmar certos sentidos políticos, estéticos e identitários previamente definidos pelas elites e grupos sociais que os propõem. Os memoriais, que também implicam na construção de circuitos turísticos e culturais de uma cidade, também contribuem para a transformação da memória em mercadoria cultural.

Apesar destas contradições, os memoriais também podem ser oportunidades para uma reflexão crítica sobre os eventos e personagens homenageados, em operação que vai na contramão da visão celebrativa das elites. 

Como exemplo, Rosane Kaminski analisa o caso do Memorial Paranista, em Curitiba, reinaugurado pelo prefeito Rafael Greca de Macedo, com base em esculturas de João Turin, famoso escultor paranaense, para reiterar as narrativas ideológicas fundacionais do Estado do Paraná e da cidade de Curitiba, a partir de um discurso cívico e de valorização regional, escamoteando os processos conflitivos ao longo da história.   

Ficou interessado em saber mais? Confira a gravação da live “Memórias de Pedra e Papel”, no feed! Acompanhe nossa página sobre fatos históricos e atualidades. Compartilhe este post!

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