É golpe site similar ao dos Correios que pede taxa para liberar encomenda

Publicado originalmente em Agência Lupa por Evelyn Fagundes. Para acessar, clique aqui.

Circulam nas redes sociais posts afirmando que os Correios alertaram sobre a retenção de encomendas que, para serem liberadas, dependeriam do pagamento de uma taxa pelos usuários. A consulta é feita usando o CPF. É falso. Trata-se de um golpe. 

Por WhatsApp, leitores sugeriram que o conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa​: 

Comprou Online e Não Recebeu?

Informamos que sua encomenda está EM RETENÇÃO no centro de distribuição pela transportadora

ALERTA: ENCOMENDA BLOQUEADA! FINALIZE UMA REGULARIZAÇÃO ATRAVÉS DESTE LINK

– Legenda do post que circula nas redes sociais

Falso

O site que pede o pagamento de uma taxa para regularizar a entrega de encomendas não é uma página oficial dos Correios. A plataforma falsa, além de exigir o valor de R$ 47,59, solicita dados pessoais como CPF, e-mail e telefone, o que pode representar um risco para a segurança dessas informações. 

Ao entrar no site que forja o layout oficial dos Correios, é solicitado o número do CPF. Depois de inserir o dado, a plataforma afirma que existe uma encomenda retida em São Paulo (SP) e que, para fazer a liberação da mercadoria, é necessário pagar uma taxa. 

Em outra tela, o site falso solicita mais dados pessoais

Na tela de pagamento da taxa, o site falso exibe o logo dos Correios, da Receita Federal e mostra o brasão das Armas Nacionais do Brasil, que estaria representando o “Ministério da Economia” – desde janeiro de 2023, no entanto, a pasta voltou a se chamar Ministério da Fazenda. Esses símbolos são colocados para trazer mais credibilidade, tentando levar o usuário a acreditar que se trata de um site oficial.

Não é a primeira vez que a Lupa encontra um portal enganoso que usa símbolos governamentais para disfarçar sua identidade e aplicar golpes. Em fevereiro deste ano circulou nas redes um vídeo sobre o Valores a Receber, serviço do Banco Central que permite a consulta de saldos bancários a serem resgatados. O post incluía um link que redirecionava para um site que simulava um portal do governo federal. A plataforma também era falsa e solicitava o CPF.

Depois de inserir os dados pessoais, o site pede que o pagamento da taxa seja feito por Pix

Golpe de phishing

O compartilhamento de dados pessoais em plataformas de origem duvidosa coloca em risco a segurança dessas informações. Essa prática de “pescar” dados chama-se phishing e, segundo mostraram os sites da Serasa e do Santander, é uma ação que tem sido comum por golpistas que se passam pelos Correios. Em fevereiro deste ano, os Correios publicaram uma nota alertando para as fraudes que usam o nome da empresa

No caso do golpe analisado pela Lupa, o usuário tem seu primeiro contato com o site falso por meio de uma publicação nas redes sociais. Em outros casos, no entanto, criminosos entram em contato com as vítimas por SMS ou e-mail alegando que a encomenda está retida e depende do pagamento de uma taxa para liberação.

Segundo o Serasa, ao compartilhar dados pessoais em sites maliciosos, os maiores riscos incluem a comercialização dessas informações e o uso desses dados em outras fraudes. 

Os Correios indicam ao usuário que está esperando por uma encomenda para entrar no site oficial e conferir o rastreamento do produto. Evite acessar links duvidosos e que sejam enviados por mensagens suspeitas via SMS ou e-mail ou que aparecem em posts nas redes sociais.

Para saber mais sobre outros tipos de golpes, acesse Será que é Golpe?, novo site da Lupa, em parceria com o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), que traz mais de 120 conteúdos verificados sobre diferentes tipos de golpes digitais, além de orientações sobre como proceder caso o golpe já tenha ocorrido.


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