Estudo avalia impacto do desastre climático de Maio nas Eleições Municipais em Porto Alegre

Publicado originalmente em OBCOMP. Para acessar, clique aqui.

O Observatório de Comunicação Pública (OBCOMP) e o Observatório de Jornalismo Ambiental (OJA) estão conduzindo uma pesquisa conjunta para analisar como o desastre climático que atingiu Porto Alegre em maio de 2024 influenciou as eleições municipais. A análise foca na repercussão do acontecimento público nas campanhas eleitorais para a prefeitura, tanto no primeiro quanto no segundo turno.

O estudo observa a presença do tema nas propagandas eleitorais e na cobertura jornalística, buscando identificar de que maneira os candidatos abordaram a crise climática e as enchentes resultantes das fortes chuvas que alagaram a capital gaúcha. A preocupação com os impactos das enchentes foi evidenciada por uma pesquisa do Instituto Quest, realizada em agosto de 2024, que apontou o problema como a principal preocupação de 33% dos entrevistados.

As equipes de pesquisadores da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (Fabico/UFRGS) buscam avaliar o quanto a crise climática entrou na pauta eleitoral e quais soluções foram apresentadas pelos candidatos para mitigar o impacto de futuros desastres climáticos na cidade. O objetivo é compreender a relação entre o discurso político e as demandas urgentes da população, especialmente no contexto de adaptação às mudanças no clima.

Os pesquisadores se organizam em duas equipes para a observação sistemática da propaganda eleitoral gratuita e a cobertura jornalística. Cabe às pesquisadoras Maria Helena Weber, Fiorenza Zandonade Carnielli, da UFRGS, e Sara Feitosa (Unipampa), aos graduandos da UFRGS Ana Noronha, Ângelo Rockenbach, Marihá Maris Maria e  Matheus Oliveira, integrantes do OBCOMP, a observação do Horário Gratuito de Propaganda  Eleitoral (HGPE). Já os pesquisadores do Observatório de Jornalismo Ambiental, composto pelas pesquisadores  UFRGS Ilza Girardi, Eloísa Beling Loose, Sérgio Pereira, Eutalita Bezerra e Daniela Neves (UNILA), junto com os graduandos Ana Claudia Gonzalez, Caroline Fraga, Laura Paim da Silva, Sophia Goulart e Thiago Muller, acompanham a cobertura de veículos jornalísticos GZH e Correio do Povo, Matinal Jornalismo e Sul 21. 

Nesta semana a seção Opinião e Crítica do site do OBCOMP publica um balanço do primeiro turno e aponta resultados preliminares do estudo. Na mesma seção é possível acessar os textos produzidos pelo Observatório de Jornalismo Ambiental sobre a cobertura jornalística durante o primeiro turno: A questão climática no centro das eleições de Porto AlegreHá cortina de fumaça nas eleições municipais?Jornalismo e o “espírito da época” nas cheias de maio;Como Zero Hora pauta a questão climática no contexto eleitoral de PoA; e Lembrança do desastre climático que atingiu Porto Alegre foi para o ralo de onde saíram as águas fétidas que inundaram a cidade. Todos os textos foram publicados originalmente no site do Observatório de Jornalismo Ambiental (OJOA). Os pesquisadores atualmente trabalham na coleta da cobertura jornalística do segundo turno e a partir desta sexta, 11 de outubro, na coleta do HGPE. 

Foto: Mateus Bruxel-2024

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