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De acordo com o jornal The Washington Post, o governo indiano, nos últimos anos, vem pressionando as grandes plataformas de streaming para moldar o desenvolvimento de produções audiovisuais locais. De acordo com fontes ouvidas pelo jornal, há uma “censura silenciosa” na Índia sendo aplicada atualmente nessas empresas de streaming norte-americanas, como Netflix e Prime Video.
As fontes ouvidas pelo veículo apontam que executivos dessas empresas e seus advogados pedem mudanças abrangentes nas tramas políticas e exigem a retirada de referências passageiras à religião que possam ofender a direita hindu ou o Partido Bharatiya Janata (BJP), do primeiro-ministro Narendra Modi. Além disso, os projetos apresentados aos streamings que lidam com as divisões políticas, religiosas ou de castas da Índia são “educadamente recusados” ou até abandonados no meio da produção.
O The Washington Post denuncia que até mesmo séries e filmes concluídos foram abandonados e retidos silenciosamente pela Netflix e pelo Prime Video, ou seja, não chegaram a ser exibidos a seus mais de 400 milhões de usuários no mundo.
Ao jornal, as empresas destacaram a diversidade de seus conteúdos e não comentaram sobre obras e projetos abandonados.
Recentemente, o jornal norte-americano também denunciou as práticas de censura impostas pelo governo indiano às plataformas sociais. Prisões de executivos e bloqueio de acesso são algumas das sanções impostas pelo governo às empresas que não obedecem as diretrizes.