Publicado originalmente em Agência Lupa por Evelyn Fagundes. Para acessar, clique aqui.
Voltou a circular nas redes sociais post afirmando que o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), quando era juiz responsável pela Operação Lava Jato, afirmou que teria provas suficientes para prender o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que precisaria do “apoio popular” e “mais de 1 milhão de compartilhamentos” para anexar aos autos do processo contra o petista. É falso.
Por WhatsApp, leitores sugeriram que o conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa?:
“IREI PRENDER O LULA” AFIRMA JUIZ SERGIO MORO “JÁ TENHO TODAS AS PROVAS SUFICIENTES. PORÉM, PRECISAREI DE MUITO APOIO POPULAR. “PRECISAMOS DE ALGO ROBUSTO, COMO UMA POSTAGEM COM MAIS DE 1 MILHÃO DE COMPARTILHAMENTOS NAS REDES SOCIAIS. PRECISAMOS QUE AS PESSOAS MANIFESTEM SEU APOIO COMENTANDO, INTERAGINDO. SE TIVER UMA POSTAGEM COM NÚMERO EXPRESSIVO, ANEXAREI AOS AUTOS.” COMPARTILHE ESTA POSTAGEM!! RUMO AO 1 MILHÃO!!!!!!!
– Legenda que acompanha o post que circula nas redes sociais
Falso
Não existem indícios que comprovem que a fala que circula nas redes sociais tenha sido dita por Sergio Moro. A Lupa contatou a assessora de imprensa do senador, que negou que ele seja o autor do post e das afirmações. No perfil oficial de Moro no X (antigo Twitter) tampouco há algum post com frase semelhante. Assim como não há publicações na imprensa que atestem o boato.
A publicação desinformativa já circulou nas redes sociais em 2016, época em que o senador era juiz da Operação Lava Jato. Na ocasião, Moro negou ter dado entrevista ao jornal português Correio da Manhã afirmando já possuir provas suficientes para prender Lula. O veículo também negou o boato.
O post volta a circular após decisão publicada no dia 6 de setembro pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anula todas as provas obtidas em sistemas da Odebrecht em todas as esferas da Operação Lava Jato. Na medida, Toffoli afirmou que a prisão de Lula foi um “maiores erros judiciários da história do país”.