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Nova pesquisa indica que a presença de parques e jardins em centros urbanos reforça hábitos ambientais positivos, o que pode ajudar na missão de atingir neutralidade carbônica
Ao incorporar a natureza em centros urbanos, dezenas de cidades na Europa poderão zerar suas emissões líquidas de dióxido de carbono (CO2) nos próximos 10 anos; é o que conclui um estudo publicado em julho na revista Nature Climate Change. Segundo os pesquisadores, parques, jardins e paisagismo natural nos centros urbanos podem ajudar no controle da poluição.
Conduzido por especialistas da Suécia, dos Estados Unidos e da China, a análise recomenda abordagens para potencializar os processos naturais de sequestro de carbono em 54 cidades pela União Europeia, a partir das chamadas “soluções baseadas na natureza”. Estima-se que a combinação dessas ações indiretas possa reduzir a quantidade de CO2 lançado para a atmosfera em 17,4%.
“As soluções baseadas na natureza não só compensam uma proporção das emissões de uma cidade, mas também podem contribuir para a redução das emissões e do consumo de recursos”, afirma Zahra Kalantari, coautora do estudo, em nota à imprensa. “Outras pesquisas examinam os efeitos de soluções individuais baseadas na natureza, já nossa proposta analisa o sistema como um todo.”
Dentre as soluções apontadas, estão estímulos a agricultura urbana, instalação de pavimentos permeáveis, preservação dos habitats e criação de ambientes para caminhadas e ciclismo. A equipe defende que essas infraestruturas verdes servem de reforços positivos para hábitos de menor impacto ambiental, tais como a substituição dos automóveis e a redução do consumo de energia nos edifícios.
O estudo também fornece orientações sobre quais medidas devem ser priorizadas e onde localizá-las para obter os melhores efeitos. Em Berlim, por exemplo, a recomendação dos pesquisadores é dar prioridade aos edifícios verdes, medida que poderia resultar em reduções das taxas de emissões de carbono equivalentes a 6% para residências, 13% na indústria e 14% nos transportes.
Fonte: Revista Galileu