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O dia 28 de junho é uma data que marca a luta das populações LGBTQIA+ pelos seus direitos em um dos países que mais mata pessoas homoafetivas no mundo. eventos e apresentações culturais marcam a data
Por: Jacildo Bezerra
Em comemoração a passagem do dia 28 de junho, reconhecido como Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+, a Associação de Travestis e Transexuais do Estado de Roraima – ATERR, realizou uma série de atividades voltada para o público. Ainda no dia 28, a noite a Associação Athena Cores, realiza na Boate Ibiza Music o evento “Janela Cultural” para prestigiar as pessoas que contribuem para o fortalecimento do movimento LGBATQIA+ em Roraima.
O evento ofereceu diversos serviços de saúde e cidadania á população
Em formato híbrido (presencial e online) foram realizadas Palestras, Rodas de Conversas, orientações e prestação de serviços para toda a comunidade na sede da entidade no Bairro Centenário.
Além de discutir temas relevantes para a comunidade LGBTQIAP+, como saúde mental, violência de gênero e políticas públicas para a saúde dessa população, serão oferecidos ainda serviços de aferição de pressão arterial, atendimento clínico com médico e enfermeiro; orientação sobre saúde reprodutiva; saúde bucal; vacinação; testes rápidos para IST/AIDS; teste de Glicemia; Serviços jurídicos com apoio da Defensoria Pública; orientação no combate à violência de gênero e orientação para retificação do nome social da população TRANS.
O evento Janela Cultural acontece no dia 28 de junho, a partir das 21h na Ibiza Musica, no Bairro São Vicente. Na ocasião será lançado o Projeto “Nosso Orgulho é Você”., desenvolvido pela Associação Athena Cores tem como objetivo reconhecer as valiosas contribuições de pessoas importantes para a comunidade LGBTQIA+ em Roraima, além de promover momentos de união, atividades culturais e artísticas de celebração e fomento da memória LGBTQIA+ no Estado.
A Janela Cultural é um espaço dedicado à expressão artística, onde os artistas têm a oportunidade de demonstrar o seu trabalho e compartilhar sua voz e perspectiva única. Através de performances, exposições, intervenções artísticas ou qualquer outra forma de expressão artística que você domina, poderemos celebrar juntos o poder da arte em promover a inclusão e a diversidade.
Será uma noite com diversas atividades culturais e artísticas que enaltecem a identidade e fomentam a memória LGBTQIA+ na região. Serão momentos de inspiração, conexão e empoderamento, onde poderemos compartilhar experiências e fortalecer nossos laços.
De acordo com o presidente da Associação Athena Cores de Boa Vista, Tannara Utanna, é muito importante celebrar o Dia do Orgulho LGBT+, pois foi o episódio mais marcantes na luta da comunidade pelos direitos civis: a Rebelião de Stonewall em Nova York, o marco zero na luta pela equidade e respeito aos direitos humanos e nossa plena cidadania.
Em Roraima, a Parada da DiveRRsidade acontece no mês de setembro
Segundo ele, essa celebração política faz no dia 28, 54 anos de resistência da comunidade pelo mundo. “Além de celebrar o orgulho, celebramos nossas batalhas e avanços, no Brasil, este ano o governo federal publicou um decreto que criou o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexos, Assexuais e Outras (CNLGBTQIA+)” disse Tannara.
Para o presidente do Grupo DiveRRsidade, pioneiro na luta pelos direitos da população LGBTQIA+ em Roraima, Debastião Diniz Neto, o Brasil voltou a sorrir com um novo olhar da política pública para esse segmento da sociedade, dentro da perspectiva de um governo democrático que traz na pauta a cidadania e direitos.
Segundo elem hoje é possivel continuar a lutar por um Brasil sem LGBTOfobia, que começa quando há 33 anos a Organização Mundial de Saúde retira o sufixo de doença e o reconhecimento de identidade de gênero e orientação sexual da comunidade LGBTQIA+. “O Orgulho LGBT vem contribuir com a história do movimetno brasileiro, onde o país é o país que mais realiza marcha contra a LGTIfobia. Por outro lado temos o quadro negativo de sermos o país que mais mata LGBTQIA+”, disse Diniz.
Está na pauta de reivindicações do movimento a luta por mais segurança pública, nos boletins de ocorrência que seja identificado realmente o crime de LGBTQIfobia, e feito o reconhecimento do casamento que o STF preconiza em todo o pais, o nome social das pessoas transexuais e travestis, o direito daqueles dentro do sistema penitenciário.
Em 2023, o DiverRsidade compelta 20 anos, está realziando diversos eventos apra arrecadar fundos para a realização da Parda da Diversidade LGBTQIA+ em Roraima, que acontece no mês de setembro.
Como surgiu o Dia do Orgulho
De um confronto entre policiais e manifestantes nos Estados Unidos, em 28 de junho de 1969, surgiu a data em que se comemora o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. O protesto acontecia em defesa do clube gay Stonewall Inn, aberto em 1967, no coração do boêmio bairro de Greenwich Village, em Nova York.
Público participa da parada em Glasgow, na Escócia, em 25 de junho de 2022 Crédito: Jeff J Mitchell/Getty Images
Embora as batidas policiais fossem relativamente comuns no estabelecimento, uma investida surpresa em 1969 tomou rumos inesperados, resultando no que ficou conhecido como “Rebelião de Stonewall” –um levante de seis dias em defesa dos direitos da população LGBTQIA+.
A primeira invasão aconteceu na terça-feira, 24 de junho. Dias depois, na sexta-feira, 27, os policiais voltaram ao clube na intenção de “destruir o bar e esbofetear os proprietários com infrações suficientes para fechá-lo para sempre”, segundo narrou Emanuella Grinberg, da CNN.Em meio à confusão, quando já passava da meia-noite –sendo, portanto, sábado, 28 de junho– os manifestantes começaram a jogar objetos contra agentes de segurança que tentavam prender uma mulher homossexual.
26ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ em São Paulo Crédito: Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo
Na noite de sábado, cerca de 2.000 pessoas se reuniram em frente ao bar, dando as mãos e gritando frases como “poder gay”, “queremos liberdade agora” e “Christopher Street pertence às rainhas”. A Rua Christopher foi bloqueada por manifestantes.
Mais uma vez, na quarta-feira, os manifestantes se dirigiram ao local para continuar a passeata, mantendo o clima de revolta por algumas semanas. Ao todo, 21 pessoas foram presas durante os eventos e uma morreu –um motorista de taxi que sofreu um infarto após ter seu veículo invadido.
No ano seguinte, na mesma data, milhares de pessoas voltaram à Greenwich Village para a primeira marcha do Dia da Libertação da Rua Christopher. Era o início do evento anual que evoluiu para o que conhecemos como “Parada Gay”.