Publicado originalmente em Casa de Oswaldo Cruz – Fiocruz. Para acessar, clique aqui.
Nos últimos anos, o cenário político brasileiro intensificou discussões sobre o passado nacional, com movimentos explícitos de negação e revisão de processos históricos centrais, a exemplo da ditadura militar, da questão indígena e da escravidão. Em sua participação no Especial História e Covid-19, o professor da Universidade de São Paulo (USP) Marcos Napolitano aborda duas formas distintas de abordagem ao passado, o negacionismo histórico e o revisionismo ideológico.
O negacionismo histórico, como sintetiza o autor, se refere à produção sistemática de mentiras, buscando apagar responsabilidade sociais e políticas sobre violências cometidas em passados sensíveis. O revisionismo ideológico, por sua vez, é uma abordagem com motivações exclusivamente voltadas para a luta política, diferenciando-se de movimentos de revisão e crítica intrínsecos à dinâmica da disciplina histórica.
Apresentando uma visão sintética e sistemática desses dois movimentos importantes, Napolitano explana sobre alguns dos principais desafios epistêmicos, políticos e sociais da História no debate público contemporâneo.
Confira abaixo o áudio do professor titular de História do Brasil da Universidade de São Paulo (USP).