Publicado originalmente em instagram do Projeto “A Biologia da UFAC contra a Covid-19”. Para acessar na íntegra, clique aqui.
Para um paciente grave de covid-19, com pulmão que perdeu a capacidade de oxigenar o sangue, a intubação pode aliviar as dores e ser a única esperança de sobrevivência. Porém, no Brasil, o percentual alto de mortes entre os infectados que precisam de ventilação mecânica assusta: a média foi de cerca de 80% de fevereiro a dezembro de 2020, segundo dados de uma pesquisa inédita obtidos com exclusividade pela BBC News Brasil. 8 em cada 10 pacientes que foram intubados dutante o primeiro ano de pandemia acabaram morrendo. Segundo a BBC News Brasil, dados sobre morte por incubação em 2021 ainda não foram consolidados, mas há informações que ocorra um aumento significativo nas mortes. Entre as principais causas de morte dos pacientes que precisaram de ventilação mecânica invasiva estão a falta de um protocolo nacional que unifique as técnicas utilizadas e o uso de pessoal sem treinamento e experiência adequados. A superlotação dos hospitais em todas as regiões brasileiras leva a demora para intubação, o que agrava ainda mais o quadro do paciente.
Profissionais de saúde sem experiência em ventilação mecânica estão sendo alocados para UTIs improvisadas. Além disso, médicos e associações farmacêuticas alertam que o estoque de medicamentos necessários para intubação está perto de acabar. Até agora, não foi divulgado pelo Ministério da Saúde um protocolo de atuação para intubação de infectados.
Fonte: www.bbc.com