60 anos do golpe: Como a Inteligência Artificial pode preservar ou apagar a história?

Publicado originalmente em instagram de RNCD Brasil e Projeto Memória UFJF. Para acessar, clique aqui.

Nos últimos anos, testemunhamos avanços na aplicação da Inteligência Artificial, no Campo da Comunicação. Essa tecnologia tem o potencial tanto de preservar a memória quanto de ser usada como ferramenta no apagamento do passado, especialmente quando se trata de eventos como o golpe militar de 1964.

Por um lado, a IA pode desempenhar um papel significativo na preservação da história e na garantia de que os eventos do passado não sejam esquecidos ou distorcidos. Plataformas de mídia social, por exemplo, podem usar algoritmos de IA para identificar e desmentir informações falsas ou revisionistas sobre o golpe de 1964. Ferramentas de análise de sentimentos podem ajudar a monitorar e combater discursos de ódio e negação dos crimes cometidos durante o regime militar.

Além disso, projetos de pesquisa em IA na Comunicação têm explorado o uso de técnicas avançadas, como reconhecimento de voz e processamento de linguagem natural, para digitalizar e catalogar documentos históricos relacionados ao período da ditadura. Essas iniciativas visam tornar o acesso à informação mais amplo e facilitar o estudo e a compreensão desse capítulo da história brasileira.

Por outro lado, é importante reconhecer que a IA também pode ser usada como uma ferramenta no apagamento da história. Algoritmos de recomendação em plataformas de mídia social, por exemplo, podem criar bolhas de informação que reforçam visões distorcidas do passado. Um exemplo dessa problemática é o fenômeno da desinformação e da manipulação de conteúdo nas redes sociais, onde campanhas coordenadas podem distorcer a verdade histórica.

Diante desse cenário, torna-se claro que o uso da IA na comunicação é uma faca de dois gumes. Enquanto pode servir como uma ferramenta poderosa para preservar a memória e combater o revisionismo, também apresenta riscos significativos de ser manipulada para distorcer ou apagar o passado.

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