Existe conexão entre vacina da Janssen e tromboembolia venosa? Entenda

Publicado originalmente em Nujoc Checagem por Thalita Albano. Para acessar, clique aqui.

O Nujoc Checagem, em parceria com o aplicativo Eu Fiscalizo – da Fiocruz (disponível para Android e iOS), recebeu para análise, uma informação do site Contra Fatos, destacando que a “União Europeia vê possível conexão de vacina da Janssen com tromboembolia”.

Através do material recebido, o Nujoc Checagem averiguou a informação, constatando, com base em notícias do site ISTOÉ, que trata-se de uma informação verdadeira, contudo, é preciso atenção ao divulgar a informação.

O Comitê de Avaliação de Risco da Farmacovigilância (PRAC, na sigla em inglês), que integra a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), concluiu que existe uma “possibilidade razoável” de que casos raros de tromboembolismo venoso (TEV) estejam ligados à vacina da Janssen contra a Covid-19, produzida pela farmacêutica Johnson & Johnson. Ou seja, há uma possibilidade da vacina está associada a doença, contudo, essa conexão é comum em casos raros e não em todos os casos.

A conclusão foi feita entre os dias 27 e 30 de setembro e divulgada logo em seguida pela EMA. Segundo o ISTOÉ, para chegar a ela, o PRAC analisou novos indícios de um estudo clínico no qual foi registrada maior proporção de TEV no grupo que recebeu a vacina em comparação ao que tomou placebo. Um segundo estudo foi avaliado e não houve registro de TEV entre os vacinados. Além disso, o comitê analisou dados coletados durante campanhas de vacinação.

O TEV caracteriza-se por ser uma condição na qual um coágulo sanguíneo se forma em uma veia profunda – normalmente na perna, braço ou virilha – e pode viajar até os pulmões, o que causa um bloqueio de suprimento de sangue, com possíveis consequências fatais, explica o comitê.
Em comunicado, o PRAC recomenda que o TEV seja listado nas informações do produto como um dos efeitos colaterais raros da vacina Janssen contra a covid-19, além de que seja emitido um alerta para conscientizar profissionais da saúde e a população que recebeu a vacina – em especial as pessoas que podem ter maior propensão a desenvolver o TEV.

Aos funcionários da área da saúde, o PRAC adverte que pessoas diagnosticadas com trombocitopenia em até três semanas após receberem a vacina da Janssen contra a covid-19 devem ser “investigadas ativamente” quanto a sinais de trombose. “Da mesma forma, os indivíduos que apresentam trombose dentro de três semanas após a vacinação devem ser avaliados quanto à trombocitopenia”, informa.

O PRAC é o responsável pela avaliação e monitoramento da segurança dos medicamentos para uso humano na União Europeia.

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