Entenda: Diretor do Instituto Butantan diz que vacina chinesa não chega à população em 2020

Publicado originalmente em Nujoc Checagem por Francine Dutra. Para acessar, clique aqui.

Uma publicação enviada ao Nujoc Checagem por meio do aplicativo Eu Fiscalizo causou polêmica nas redes sociais ao fazer referência a uma matéria em que o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que a vacina que vem sendo produzida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, a CoronaVac, não chegará à população em 2020.

O pronunciamento de fato aconteceu em entrevista à CNN Brasil no dia 28 de outubro, logo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a importação dos insumos para a produção do imunizante, mas houve uma alteração, tanto no calendário de importação, quanto nas regras para que a vacina seja distribuída.
A expectativa do governo de São Paulo, inicialmente, era obter o registro da vacina junto à Anvisa já em novembro e começar a vacinar profissionais de saúde em dezembro, mas houve demora da Anvisa em liberar a importação da matéria-prima para a produção da vacina. Portanto, a nova previsão era que a vacina só fosse registrada em meados de janeiro de 2021.
João Doria afirma que primeiro lote da Coronavac chega a SP na quinta
Em entrevista a uma rádio de Pernambuco, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou que o Instituto Butantan deve receber o primeiro lote da vacina Coronavac, produzida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, nesta quinta-feira (19). “A vacina do Butantan, a Coronavac, ela chega agora, nesta quinta-feira, chega já o primeiro lote das vacinas. Ela virá em lotes, pronta do laboratório Sinovac, e depois nós produziremos aqui, no próprio Butantan, para os brasileiros de São Paulo e brasileiros de todo o país, isso se o Ministério da Saúde entender, como deveria, que a vacina é para todos. Aliás, essa é a nossa defesa”, afirmou Doria ao programa Passando a Limpo.
Cerca de 120 mil doses devem chegar a São Paulo. A vacina está na fase final de testes. “Nós temos a última fase da pesquisa, a última e derradeira. Estamos provavelmente nas últimas duas, três semanas dessa fase final da pesquisa para submeter os resultados à Anvisa. Estamos seguindo rigorosamente o protocolo internacional de testagem da vacina e também ao protocolo da Anvisa”, disse Doria. A expectativa é de que o Butantan produza 40 milhões de doses.
Anvisa aprova regras que podem acelerar distribuição de vacinas
A Anvisa aprovou nessa terça-feira (17), um conjunto de regras que podem acelerar a distribuição de vacinas contra a covid-19 à população brasileira. Trata-se da chamada “submissão contínua”, procedimento pelo qual os dados técnicos dos imunizantes deverão ser encaminhados à agência conforme forem sendo gerados e não só ao final do processo. A medida simplifica o procedimento de registro dessas vacinas, dispensando etapas, mas mantendo a exigência de requisitos técnicos essenciais do produto, como “qualidade, segurança e eficácia”.
A nova instrução foi definida e já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (18). Na reunião, os diretores dispensaram a realização de análise de impacto regulatório e de consulta pública da norma “devido ao grau de urgência e gravidade, caracterizadas por situação de iminente risco à saúde e necessidade de atuação imediata”.
O texto já está em vigor e, de acordo com a decisão, o procedimento de “submissão contínua” será normatizado apenas para as vacinas contra covid-19 a serem registradas no país.
*Com informações da Revista Fórum, Estadão Conteúdo e do programa Passando a Limpo.

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